Novo júri popular condena Tiago Henrique a mais 20 anos de prisão
02 março 2016 às 13h05

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Serial Killer de Goiânia foi sentenciado pela morte de Juliana Neubia Dias, assassinada em julho de 2014

Outro júri popular resultou na condenação de Tiago Henique da Rocha, 27, por mais um assassinato na manhã desta quarta-feira (2/3). Em sessão presidida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, o jovem conhecido como serial killer foi julgado pelo homicídio de Juliana Neubia Dias, morta na noite de 25 de julho de 2014, no Setor Oeste e condenado a 20 anos de prisão.
Juliana estava no banco do passageiro de um veículo, na companhia do namorado e de uma amiga. O carro estava parado no semáforo, quando a jovem foi atingida por dois tiros – no pescoço e no tórax.
O assassino estava em uma moto, usando capacete, aproximou-se do veículo e atirou. Tiago Henrique, depois de ser preso pela força-tarefa das Polícias Civil e Militar, confessou o crime. Ele foi pronunciado por homicídio com duas qualificadoras – motivo torpe e utilização de recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
Anteriormente, Tiago já foi condenado a 20 anos pelo homicídio de Ana Karla Lemes da Silva, de 15 anos, em julgamento ocorrido no último dia 25 março. Ele também acumula uma pena de 12 anos e quatro meses por assalto à uma agência lotérica e três anos de reclusão em regime aberto por porte ilegal de arma. Além dos casos já julgados, Tiago Henrique responde por outros 31 assassinatos.
Estudantes, imprensa e familiares da vítima acompanharam o julgamento, que teve início às 9 horas da manhã. O único a prestar depoimento foi o ex-namorado da vítima, Mauro Stone. Em depoimento rápido, de apenas 15 minutos, o rapaz lembro de Juliana como uma excelente pessoa, carinhosa e responsável.
Ele afirmou que conheceu Juliana em um bar e logo após começaram a namorar. “Apesar de pouco tempo juntos, deu para ver que Juliana era uma ótima pessoa”, disse.
O interrogatório de Tiago Henrique durante o julgamento desta quarta (2/3) durou apenas cinco minutos. O réu se recusou a responder as perguntas do juíz e apenas declarou: “Não sou eu quem está sendo julgado, são vocês”.
Ao ser indagado pelo juiz se queria falar, o réu disse. “Já sei o final da história”. “Qual final o senhor sabe?”, questionou o juiz. “Eu não posso falar ainda”, finalizou.