Rolando Alexandre de Souza substitui Mauricio Valeixo, exonerado do cargo há mais de uma semana

Rolando Alexandre | Foto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nomeou o delegado Rolando Alexandre de Souza para o cargo de diretor-geral da Polícia Federal (PF). O decreto foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União na manhã desta segunda-feira, 4. A posse foi realizada no intervalo de poucas horas após nomeação, em reunião fechada no gabinete do presidente.

Rolando substitui Mauricio Valeixo, exonerado do cargo há mais de uma semana. Desde então, o cargo na PF estava vago. O novo diretor-geral da Polícia Federal ocupava a Secretaria de Planejamento e Gestão da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

A nomeação do delegado ocorre após o Supremo Tribunal Federal (STF) suspender a nomeação e a posse de Alexandre Ramagem para a diretoria-geral da PF. Na decisão, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, citou declarações do ex-ministro da Justiça Sergio Moro que, ao deixar o cargo, acusou o presidente Bolsonaro de tentar interferir politicamente no órgão.

Após a decisão de Moraes, o próprio presidente tornou sem efeito a nomeação do delegado e manteve Ramagem como diretor-geral da Abin, cargo que ocupa desde o início do governo. O diretor-geral da PF recém empossado, no entanto, é considerado “braço direito” de Ramagem.

Rolando Souza é ex-aluno da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), graduado em Direito e em Ciências Contábeis, é delegado de carreira da PF desde 2005. Na corporação foi chefe do Serviço de Repressão a Desvio de Recursos Públicos e ocupou cargos de chefia na Divisão de Combate a Crimes Financeiros e na superintendência em Rondônia.