Novo comandante da PM em Goiás quer investir em inteligência e prevenção: “Antecipar o crime”
25 março 2024 às 15h42
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A Polícia Militar de Goiás (PMGO) terá um novo comandante no Estado. Trata-se do coronel Marcelo Granja, que assumirá o posto nesta segunda-feira, 25, em cerimônia às 18h, na Academia da Polícia Militar, no Setor Leste Universitário.
Em entrevista ao Jornal Opção, Granja revelou suas expectativas à frente da PM e espera investir mais na parte da inteligência, com o objetivo de “antecipar o crime”.
“Nós temos trabalhado principalmente investindo em inteligência. Hoje você tem que trabalhar com operações, táticas técnicas, mas é investir ainda mais no serviço de inteligência para que possamos antecipar o crime. Quando o crime ocorre, automaticamente assola a comunidade e já entra para as estatísticas. Nós temos então que antecipar e com isso investir muito na parte de inteligência [para evitar que ocorra]”, afirmou.
Além disso, o coronel disse que vai trabalhar para continuar reduzindo os índices de criminalidade em Goiás. “Nós queremos continuar reduzindo [os índices], que é o carro chefe do nosso governador e do secretário de Segurança Pública. Nossa expectativa é continuar combatendo firme a criminalidade. Hoje, Goiás é conhecido a nível nacional por ter uma das melhores polícias do Brasil. Não podemos recuar, temos que sempre avançar no combate duro e, principalmente, tendo o respeito da nossa sociedade. É preciso que as pessoas confiem na Polícia Militar”, argumentou.
Para isso, além da inteligência já mencionada por ele, o policial quer trabalhar com mais cursos para capacitar o policiamento.
“Teremos também a preocupação em estar sempre fazendo mais cursos de especialização da nossa tropa, da nossa tropa especializada, sempre aprimorando os conhecimentos técnicos e táticos para que possamos sempre combater o bom combate. O infrator da lei pode até cometer o crime, mas ele tem que ter a certeza que vai ser preso. É verificar a mancha criminal no Estado e saber onde é que nós teremos que enviar tropas especializadas para diminuir ainda mais a criminalidade”, continuou.
O cargo máximo da corporação atualmente é coordenado pelo também coronel André Henrique Avelar de Sousa, que passará para a reserva remunerada (aposentadoria). Para Granja, o compartilhamento de informações também é essencial.
“Aquele indivíduo que está cometendo o crime várias vezes, nós identificamos, já fazemos um relatório informando para que, na audiência de custódia, a ficha criminal dele seja apresentada. É muito importante o trabalho de informações para que nós possamos municiar o Judiciário de informações”, ressaltou.
Questionado se o policial militar hoje é valorizado em Goiás, Granja defendeu que sim. Para sustentar sua opinião, o coronel tomou como exemplo o salário que, segundo ele, é um dos maiores do Brasil.
“Se você for verificar as promoções, tanto de praça como de oficiais, sempre foram agraciados tanto por atividade, como por merecimento. O salário em si, se olhar em todo o Brasil, o de Goiás, se não for o primeiro, deve ser o segundo no máximo. Nós temos uma complementação de verba, principalmente para o policial que trabalha na escala dele, e quer fazer a hora extra, para que possa complementar a sua renda trabalhando dentro da Polícia Militar e não, às vezes, fora dela”, citou.
Além de Granja no comando, a PMGO ainda terá outras alterações: o policial Pedro Henrique Batista Alves de Paiva, o coronel Batista, que estava à frente da Academia da PM, assumirá o Comando do Policiamento da Capital (CPC); e Leonardo Rezende Reis, que fica com o comando de Apoio Logístico e Tecnologia da Informação, antes com Karisson Ferreira Sobrinho.
“Todo comandante que assume, é lógico que faz algumas mudanças para que possamos melhorar ainda mais. Então nós vamos assinar algumas mudanças de pessoal mesmo, de oficiais, de comandos dentro da instituição e sempre pensando no melhor para a sociedade e a Polícia Militar”, concluiu.
Coronel Granja, como Marcelo é conhecido dentro da PM, já comandou unidades especializadas de grande relevância. Entre elas, o Batalhão de Choque (BPMChoque), Comando de Operações do Cerrado (COC), e Comando de Missões Especiais (CME).
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