Nova variante do coronavírus provoca morte no Brasil e deixa as autoridades em alerta
08 outubro 2025 às 10h54

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Uma nova variante da Covid-19, identificada como XFG, já circula no Brasil e preocupa as autoridades da saúde. Apesar dos sintomas serem leves, o novo coronavírus já mostrou seu potencial de gravidade após o primeiro registro de morte no país. O XFG, uma mutação “made in Brasil”, foi registrada no final de julho, mas se espalhou rapidamente, o que chamou a atenção do mundo inteiro. Formado a partir de uma combinação de duas variantes do vírus Ômicron, essa nova linhagem ganhou o apelido de Frankenstein, provocando o início de novas práticas de vigilância e prevenção.
Desde que os primeiros casos foram registrados em São Paulo, Ceará e Rio de Janeiro, e a capacidade de se espalhar em ritmo acelerado, além da sua presença em pelo menos 40 países, a Organização Mundial da Saúde acendeu o sinal amarelo e colocou a variante sob monitoramento constante porque existe, de fato, uma nova ameaça à saúde pública.
Mutações assim são comuns no ciclo de vida do coronavírus e todas trazem desafios para que não saia do controle e vire uma pandemia. A XFG já foi detectada na Europa, na Ásia e na América do Norte, e está sob observação de autoridades da saúde do Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz) e outros centros de vigilância. Até o momento, há baixos índices de hospitalização.
Os sintomas mais relatados da variante XFG são: tosse persistente, congestão nasal, coriza, febre leve ou moderada, dores musculares, dor de estômago, cansaço acentuado e, em alguns casos, perda do olfato e paladar.
Como muita gente confunde os sintomas com os de uma gripe leve, a busca por atendimento acaba demorando, o que pode agravar o quadro. Por isso, as autoridades alertam que qualquer sintoma suspeito deve ser investigado. Testes rápidos estão à disposição e são gratuitos em qualquer Unidade Básicas de Saúde (UBS) e nas UPASs, e devem ser feitos até 72 horas após o início dos sintomas.
O tratamento segue o mesmo das variantes anteriores: hidratação, repouso e acompanhamento médico, especialmente em idosos e pessoas com comorbidades.
Entre 1° de janeiro e 2 de agosto de 2025, o Brasil registrou 1956 mortes por Covid-19. A média é de 13 óbitos diários e 89 por semana. Apesar de representar uma queda de 57% em relação a 2024, a doença
segue presente e perigosa.
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