“Nossa educação está sendo jogada no lixo”, diz estudante da rede municipal

07 dezembro 2017 às 11h32

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Espaço da Tribuna Livre foi ocupada pela aluna Emily Galiza, da Escola Municipal Deushaydes Rodrigues, que pode perder as turmas do ciclo três

A estudante Emily Galiza, da rede municipal de Goiânia, cobrou do secretário de Educação, Marcelo da Costa, respostas sobre o fim das turmas de 9º ano na Escola Municipal Deushaydes Rodrigues, anunciado via comunicado pela Secretaria Municipal de Educação (SME).
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“Fomos avisados por meio de um comunicado no último dia 17 de novembro que iriam fechar as turmas de 9º ano com a justificativa de abrir mais vagas para educação infantil, sem dizer para onde iríamos”, disse a aluna na tribuna livre da Câmara Municipal na manhã desta quinta-feira (7/12).
“Não foram respeitosos em momento algum. Disseram que fizeram um estudo de rede e que foi verificada uma maior demanda para educação infantil. Mas esse estudo nunca foi apresentado e a demanda está aqui. Nós estamos sem escola ano que vem. Nossa educação está sendo jogada no lixo”, lamentou.
A Escola Municipal Deushaydes Rodrigues era a única escola da região do Setor Celina Park que atendia à demanda de alunos do ciclo 3. A medida da prefeitura é para atender à Lei de Diretrizes e Bases da Educação, que determina que todas as crianças de 4 anos de idade devem estar matriculadas em escolas, com possibilidade de imputar ato de improbidade contra a administração que não atender à determinação.
Na Câmara Municipal, a garota também cobrou a não presença do secretário, que foi convocado para comparecer à sessão desta quinta-feira. “Esse secretário irresponsável não se pronuncia. Foi convocado para estar aqui e não está. Cadê a educação dele?”, questionou. A estudante estava acompanhada de Miriam Baltazar, que foi representando os pais de alunos, e do professor Edson Domingos, da rede municipal de Educação.
Na última quarta-feira (6/12) o plenário da Câmara aprovou requerimento para a convocação do secretário Marcelo da Costa para comparecer na sessão desta quinta. Apesar de o documento estipular data, pela lei o convocado tem um prazo de 15 dias para atender à determinação. Por meio de assessoria, a SME disse que, até a manhã desta quinta, sequer havia sido notificada da convocação.