Nomeada relatora da reforma administrativa, Cristina Lopes defende extinção de secretarias extraordinárias
08 maio 2015 às 17h06
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Ao pontuar diversas questões polêmicas envolvendo o projeto da prefeitura, vereadora sinalizou que haverá muita discussão na Câmara nas próximas semanas
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara de Goiânia, Elias Vaz (PSB), nomeou nesta sexta-feira (8/5) a vereadora Cristina Lopes (PSDB) como relatora na comissão da terceira versão do projeto de Reforma Administrativa da prefeitura. A tucana disse ao Jornal Opção Online que sempre foi a favor da reforma, mas mostra que haverá grande embate na Câmara. “Não podemos deixar que os servidores paguem a conta”.
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A vereadora fala de questões que sempre geram polêmica quando são discutidas, como a extinção das secretarias extraordinárias, que são mantidas pelo projeto. Elias Vaz é outro vereador que já criticou por diversas vezes manutenção das pastas. “Nem o Paço sabe explicar para quê servem essas pastas ou o que fazem. Não têm utilidade, por isso não faz sentido mantê-las”, pontuou.
De acordo com a tucana, a intenção é estabelecer uma aproximação com a gestão municipal e sugerir que o próprio Paço suprima as secretariais. Mas, caso isso não ocorra e não haja acordo, Cristina garante que ela mesma irá propor emendas pedindo pela extinção dos “apêndices” — como a vereadora as chama. “Nem de secretaria podemos chamar”.
Vereadora Cristina Lopes garante que tem estudando os três projetos e que identificou uma melhora significativa do primeiro para o terceiro. Agora, a relatora diz que irá elaborar um calendário de reuniões, com datas das audiências públicas. Conforme vereadora, intenção é segmentar o máximo possível, sem grandes audiências, com o intuito de elaborar propostas práticas e não ficar apenas no discurso.
Defensora da aprovação da reforma, um outro ponto de preocupação citado pela tucana é relativo à extinção de quatro fundos: o do Meio Ambiente, Esporte e Lazer, Turismo e Ciência e Tecnologia.
As verbas destes fundos são do governo federal e a vereadora explica que o projeto não prevê como os valores irão chegar ao município se não houver o fundo. “Este é um formato da gestão nacional. Tenho medo de que, em primeiro lugar, os valores não sejam utilizados na área; e, segundo, que as verbas nem venham”, pontuou.
Por fim, a vereadora diz esperar diálogo, que, de acordo com ela, “não existe para lado nenhum”. “A reclamação é constante, tanto de vereadores da base, quanto da oposição”, disse.
A distribuição de projetos pela CCJ é feita por ordem alfabética. A matéria foi devolvida pela Procuradoria Geral da Câmara de Vereadores na manhã desta sexta. Já foi agendada na comissão uma sessão extraordinária para iniciar a apreciação do projeto na próxima segunda-feira (11).