Um dos casos, do paciente Alexandre Francisco de Abreu, já foi confirmado e divulgado no início da Operação Metástase

De acordo com o delegado Rômulo Figueiredo, que é titular do Grupo Especial de Combate à Corrupção (Geccor), no total, a polícia apura cinco mortes de pacientes que podem ser consequência de esquema, que levou à deflagração da Operação Metástase.

Ele explica que ainda não pode dar informações sobre as vítimas, mas uma delas é o caso que foi divulgado no início da operação: do paciente Alexandre Francisco de Abreu, que morreu após médicos prescreverem tratamento quimioterápico sem necessidade para faturar o valor do procedimento.

Com isso, a polícia apura se outros quatro casos têm motivação semelhante. Segundo o delegado, foi montada uma força tarefa para investigar.

Vazamento

A operação mira indivíduos vinculados ao Instituto Goiano de Oncologia e Hematologia (Ingoh), nas pessoas de seus sócios e outros profissionais, e antigos servidores da cúpula do Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo).

Conforme apontado, havia uma estrutura típica de organização criminosa, com a nítida divisão de tarefas direcionadas à estruturação e consecução de um esquema grandioso e fraudulento de desvios milionários de recursos da instituição pública.

Questionado sobre a possibilidade de as informações da operação terem vazado para funcionários do Ingoh um dia antes da deflagração, o titular disse que isso ainda é uma especulação e que está sendo investigado.

Em nota divulgada à imprensa, a direção do Instituto manifestou sua “total tranquilidade” diante do ocorrido, principalmente por estar “colaborando permanentemente” com as investigações, tendo se posicionado junto ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MP-GO), por meio de documento formal, pela “abertura de todos os documentos, sistemas e fontes de dados e informações do instituto e seus diretores para quaisquer buscas de interesse da investigação policial”.

Os dirigentes do Instituto também afirmaram ser de total interesse do Ingoh a “restauração da verdade”. Posteriormente, demonstrou confiança nos métodos e na ética da empresa que “construiu credibilidade e respeitabilidade em 50 anos de atuação no mercado goiano, nunca tendo se envolvido com atividades irregulares”. O instituto também afirmou que denúncias foram feitas por empresas concorrentes.