No melhor cenário para Goiânia, pico de demanda por UTI será no meio de agosto, antecipa projeção

05 maio 2020 às 08h10

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Estudo da UFG leva em consideração os atuais números e medidas, mas admite variação dos resultados, podendo, a depender das políticas implementadas, o pico chegar antes
Com as atuais medidas de isolamento e o ritmo de contágio registrado nas últimas semanas, Goiânia deve ter o pico de demanda por UTI para pacientes com Covid-19 no meio de agosto. A projeção é parte do detalhamento por regiões da primeira nota técnica do Grupo de Trabalho em Modelagem da Expansão Espaço-Temporal da COVID-19 em Goiás, da Universidade Federal de Goiás (UFG).
Na projeção para a capital, a demanda por leitos de UTI foi classificada em cenário verde, para o mais ideal e vermelho, para sinalização de maiores preocupações. No melhor cenário, a demanda seria por cerca de 50 leitos até o final de junho, mas podendo alcançar 300 leitos no cenário vermelho.
Conforme detalha o estudo, o cenário verde leva em consideração a manutenção do mesmo isolamento social observado na última semana, entre os dias 21 e 27 de abril. Já o cenário vermelho leva em consideração a tendência de variação do isolamento observada entre os dias 14 e 27 de abril.
“Projeções de longo prazo precisam ser interpretadas com muita cautela, pois existe grande chance de alterações nos cenários epidemiológicos governamentais ou comportamentais que não foram levados em consideração nos cenário”, destaca o relatório do estudo, que acrescenta ser esse o motivo de expor mais de um cenário possível.
Óbitos
Na projeção do número de mortos, o acumulado segue o mesmo padrão de infecções, devendo a capital registrar entre 200 e 300 óbitos até o final de junho.