“Não vamos nos ajoelhar por causa de cargos”, diz Agenor Mariano
05 abril 2021 às 10h16
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“Os ouvidos da prefeitura de Goiânia hoje são os do senhor Wanderley, presidente do Republicanos de Brasília. E eu não vou me submeter a ser comandado por alguém que não foi eleito pelo povo, que não tem credencial para governar essa cidade”, declarou o ex-secretário de Planejamento Urbano e Habitação
Durante coletiva de imprensa, na manhã desta segunda-feira, 5, onde auxiliares do Paço Municipal ligados ao MDB entregaram seus cargos, o ex-secretário de Planejamento Urbano e Habitação, Agenor Mariano, diz que o grupo está fazendo história. “Em grupo de secretários que não se ajoelharam, de pé pediram a exoneração porque não comungam, e estão horrorizados com o que está acontecendo, Estamos aqui por senso de responsabilidade, experiência, maturidade
Em seu discurso, Agenor mostrou ofício emitido pela Caixa Econômica Federal, que pode comprometer a conclusão das obras de recapeamento asfáltico que foram suspensas pelo prefeito após denúncias feitas pelo vereador Santana Gomes (PRTB) que pediu a instauração de uma CEI na Câmara Municipal.
No documento, a Caixa nega aditivo de prazo para conclusão das obras. “Isso implicará na perda de R$ 337 milhões que comprometerá o bom andamento das obras que estão acontecendo. Além de reter R$ 150 milhões que estão no caixa e ainda não foram gastos e pela ausência desse aditivo, da continuidade das obras, Goiânia poderá perder esse recurso”, disse Agenor.
Agenor disse que o ato de entregar cargos é pela defesa da honra e do caráter. “Não é porque estamos saindo dos cargos que vamos lavar as mãos […] Nós sabemos o que é possível acontecer de agora em diante e estaremos muito atentos. Estamos dispostos a enfrentar as feras e derrubar a última gota de sangue para defender essa cidade”.
E ironizou a nomeação de secretários vindos de fora do estado, “Temos que parabenizar esses secretários, porque sair da sua cidade, largar suas famílias, morar em hotel, receber R$ 11,7 mil líquidos e pegar avião no final de semana para visitar suas famílias… eles vão pagar pra trabalhar. Esse é um verdadeiro ato de amor, pra ajudar a construir a nossa grande, amorosa e pujante Goiânia”.
Por fim, Agenor chamou Rogério Cruz de traidor e disse que o grupo quase perdeu a eleição por causa de Rogério. “Nós quase perdemos a eleição por causa do vice-prefeito, mas que nós acreditávamos pela boa fé. Tentamos aconselhar, não fomos ouvidos. Os ouvidos da prefeitura de Goiânia hoje são os do senhor Wanderley, presidente do Republicanos de Brasília. E eu não vou me submeter a ser comandado por alguém que não foi eleito pelo povo, que não tem credencial para governar essa cidade [..] E digo mais, se todos nós que estamos aqui hoje, se estivéssemos na Santa Ceia entregaríamos o pão molhado de vinho para vocês, traidores”.