“Não tem mais clima”, diz Kitão sobre projeto que aumenta salários do prefeito, secretários e vereadores

16 dezembro 2020 às 10h16

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Autor da proposta, Milton Mercês (Patriota) afirma que não recolherá assinaturas para incluir o projeto na pauta. Para ser votada, matéria precisará ser pautada pelo presidente da Casa, Romário Policarpo (Patriota)

O projeto de lei que tramita na Câmara Municipal de Goiânia e prevê reajuste nos salários do prefeito, secretários e vereadores da capital não deve ser colocado em pauta em 2020.
A proposta, que chegou a ser aprovada na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) na semana passada, perdeu força diante do desgaste político que representa e da manifestação de populares contra o projeto.
Autor do projeto, vereador Milton Mercês (Patriota) afirmou ao Jornal Opção que não recolherá assinaturas para pedir a inclusão da matéria na pauta. Para ser votada, a proposta precisará ser pautada pelo presidente da Casa, Romário Policarpo (Patriota) que, nos bastidores, tem se posicionado contra o aumento.
Para o vereador Lucas Kitão (PSL), não existe mais ambiente para a apreciação da proposta. “Acho que não tem mais clima. Inclusive eu pessoalmente sempre me posicionei contra por não achar o momento adequado. Não tiro a razão dos colegas que pleiteiam essa melhoria que, em tese é legal, mas socialmente falando não é o momento adequado. O mais adequado seria deixar para um momento em que nossa sociedade estiver melhor, tem muita gente apertada pela pandemia”, analisa.
O projeto
O projeto prevê que o salário do prefeito deve ser fixado em igual valor a dos deputados estaduais, do vice-prefeito equiparado a dos vereadores, que seria em 75% do valor recebido pelos deputados.
Caso seja aprovada, o salário do prefeito sairá dos atuais R$ 27 mil para R$ 33,7 mil, aumento de 39,4%. Enquanto os vereadores receberão R$ 18,9 mil (hoje é R$ 15,6 mil), reajuste de 21,4%. O reajuste, no entanto, só valerá a partir de 2022 caso não exista mais impedimentos da Lei Federal.