“Não tem como PSDB caminhar com alguém que nega nosso apoio”, diz Thiago Albernaz
27 julho 2016 às 17h37

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Vereador tucano questiona Vanderlan Cardoso, que se diz “independente”, mesmo com o PSB na base do governo

O vereador e pré-candidato à reeleição Thiago Albernaz afirmou que, hoje, a tendência é o PSDB lançar a candidatura do deputado federal Giuseppe Vecci a prefeito de Goiânia. Muito se especulou nos últimos dias sobre a possibilidade do tucanato apoiar outro nome da base aliada ao governo do Estado.
Inclusive, informações de bastidores davam conta de que o próprio Thiago poderia ser vice do pré-candidato do PSB, Vanderlan Cardoso. Porém, ele nega tal articulação e explica: “Não tem como o PSDB caminhar com um partido que nega nosso apoio. É nítida a intenção dos partidos aliados de unir a base, mas ele [Vanderlan] insiste em dizer que não faz parte da base”.
Para o parlamentar, a postura do empresário de Senador Canedo é “incoerente” e isso o prejudicará na campanha. “Esse jargão de que ‘independente’ ganha eleição é falacioso… Ganha quem sabe aglutinar, quem tem ponderação e consegue articular. É disso que estamos precisando”, defende.
Embora o PSB não tenha sido eleito em 2014 na chapa do governador Marconi Perillo (PSDB) — Vanderlan Cardoso foi derrotado ainda no primeiro turno na disputa pelo Palácio das Esmeraldas –, o partido, que tem como presidente estadual a senadora ex-tucana Lúcia Vânia, atualmente compõe a base governista. Na Assembleia, por exemplo, os três deputados pessebista se sentam e votam com o governo.
“Ou Vanderlan não conversa com o próprio partido, ou está sendo contraditório”, alertou o vereador em entrevista ao Jornal Opção. Segundo Thiago Albernaz, as articulações para a sucessão na maior cidade e capital do Estado seguem abertas e devem terminar, mesmo, só na próxima semana. A sexta-feira, dia 5, é o prazo final para as convenções partidárias.
“Nem o governador [Marconi Perillo], nem a senadora [Lúcia Vânia] entraram de fato nas negociações, estão esperando os partidos aliados conseguirem chegar a um acordo comum. Cenário pode mudar completamente até a semana que vem, ainda estamos tentando composição”, explica.
Thiago Albernaz avalia que o momento atual é de muito diálogo para que se possa convergir em um projeto único da base: “A unidade passa pela necessidade de entendermos que é preciso abrir mão ambos os lados para que tenhamos um projeto vitorioso em nossa capital”.