Assim, conforme haja disponibilidade de vacina, municípios que chegaram a faixa etária de 18 anos estão autorizados a abaixar por ordem decrescente de idade

Secretário de Saúde e novo presidente do Ipasgo, Ismael Alexandrino | Foto: Reprodução

Após coletiva onde foi nomeado como novo presidente do Instituto de Assistência dos Servidores Públicos de Goiás (Ipasgo) – cargo cumulativo ao de titular da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) -, o secretário Ismael Alexandrino justificou que o motivo pelo qual Goiás não aderiu a determinação do Ministério da Saúde (MS) foi o fato de ela não ir de encontro ao consenso científico e técnico os especialistas. Assim, havendo disponibilidade de vacina, municípios estão autorizados a ampliar imunização por ordem decrescente de idade.

“Nós estamos aguardando um feedback dessa manifestação [em prol da suspensão]. O pessoal da câmara técnica estava bastante acalorado, por assim dizer, porque foi uma decisão não foi discutida nem com o Conselho nacional de Saúde (Conas), nem com o Conselho Nacional de Secretarias municipais de Saúde (Conasems), nem com a camara técnica. Fomos pego de fato de surpresa com uma nota informativa divulgada a noite”, afirmou o secretário.

A surpresa, segundo Alexandrino, se deu, principalmente, porque cerca de apenas três semanas antes de o Ministério da Saúde anunciar a suspensão, a previsão de imunizar os adolescentes já estava em andamento avançado. “Havíamos conversado com o ministro há umas três semanas antes de ele manifestar pela suspensão. Ele havia manifestado a programação de depois do dia 15 nós avançarmos nessa questão da vacinação dos adolescentes”, explicou.

No entanto, pela falta de aval técnico para a suspensão e da demonstração de confiabilidade na vacina por parte de órgãos da reguladores da Saúde, Goiás adotou postura divergente a orientada pelo MS. “A Sociedade Brasileira de Pediatria, a Sociedade Brasileira de Imunização, a Sociedade Brasileira de Infectologia e a própria Anvisa se manifestaram neste sentido e em relação a segurança da vacina, então assim procederemos, evitando que a doença se expanda. Isso, tendo em vista que estamos em uma queda sustentada”, pontuou.

Assim, Goiás permanece com a aplicação do reforço em pessoas acima de 70 anos de idade e que já tenham pelo menos 180 dias da segunda dose e em imunossuprimidos com pelo menos 28 dias da segunda. Já municípios que chegaram a faixa etária de 18 anos, havendo a disponibilidade da vacina, eles estão autorizados a abaixar por ordem decrescente de idade.

“Nós entendemos que essa é a decisão técnica correta. A postura dele [ministro da Saúde, Marcelo Queiroga] não foi uma postura técnica. Como temos buscado, sobretudo nesse assunto, nos pautarmos em uma postura técnica, somos impelidos a divergir da orientação do ministério como praticamente todos os estados acabaram fazendo. O Brasil todo está vacinando adolescentes, e assim será se tivermos a disponibilidade da vacina”, declarou o Ismael Alexandrino.