O senador e pré-candidato ao governo de Goiás pelo PL, Wilder Morais, publicou em suas redes sociais uma mensagem de solidariedade à família Bolsonaro pela prisão do ex-presidente, que foi cumprida pela Polícia Federal (PF), neste sábado, 22, em Brasília. No texto, Wilder classificou que o feito com Jair Bolsonaro “não é justiça. É perseguição.” 

“A prisão do presidente Bolsonaro por causa de uma vigília pacífica convocada é uma injustiça. Ele está debilitado. Já preso em casa, monitorado, cumprindo medidas cautelares. Mesmo assim, foi preso novamente”, diz trecho da publicação. 

Wilder continua: “É muito triste ver o rumo que o Brasil está tomando. Um líder político que governou o país, amado por milhões de brasileiros, sendo tratado como criminoso. Isso não é justiça. É perseguição.”

Prisão 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, disse que a prisão foi necessária para manter a ordem e que havia risco iminente de fuga de Bolsonaro. Inclusive, a PF investiga a tentativa de violação da tornozeleira eletrônica que o ex-presidente utilizava. Agentes descartaram que o problema tenha relação com falta de bateria e indica que foi tentado arrancar a carcaça da tornozeleira usando materiais de soldagem. 

Bolsonaro foi encaminhado à Superintendência da Polícia Federal (PF) e está na sala de Estado-Maior. O espaço conta com 12 m² e foi recentemente reformada. O espaço conta com banheiro privativo, cama, escrivaninha, televisão, frigobar e ar-condicionado. A estrutura é semelhante à que abrigou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quando esteve detido na PF em Curitiba e o ex-presidente Michel Temer, quando ele foi detido em São Paulo.

A defesa de Bolsonaro disse que recebeu a notícia da prisão com  “profunda perplexidade”. Segundo os advogados, a decisão estaria baseada na convocação de uma vigília de orações organizada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e filho do ex-presidente. Eles argumentam que o direito de reunião e liberdade religiosa é garantido pela Constituição. A defesa sustenta ainda que Bolsonaro estava em casa, usando tornozeleira eletrônica e sob vigilância policial, o que afastaria, segundo eles, o risco de fuga apontado por Moraes. Um dos advogados está indo a Brasília para visitar o ex-presidente na Superintendência da Polícia Federal.

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