“Não dá para dizer que ele não tem qualificação”, diz Vanderlan sobre de Eduardo Bolsonaro
14 agosto 2019 às 08h15

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Senador diz não ver problemas na indicação desde que Eduardo se enquadre nas exigências do cargo e tudo seja feito dentro da legalidade

“A prerrogativa de indicar os embaixadores é do próprio presidente, e isso deve ser respeitado”. O argumento utilizado para defender a indicação de Eduardo Bolsonaro para ocupar o cargo de embaixador do Brasil nos Estados Unidos é do senador por Goiás, Vanderlan Cardoso (PP).
O senador diz não ver problemas na indicação desde que Eduardo se enquadre nas exigências do cargo e tudo seja feito dentro da legalidade. E completa: “Essa é uma função que deve ser exercida por alguém que tenha a confiança do presidente, acima de qualquer outra qualidade”.
Em seguida, Cardoso aproveitou para lembrar a trajetória do deputado federal. “Ele foi reeleito por São Paulo com a maior votação da história da Câmara dos Deputados, é formado em direito e está fazendo pós-graduação na Escola Austríaca de Economia e, atualmente, é o presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional na Câmara”. Ele argumenta ainda que o federal foi titular da comissão “Crise da Fronteira da Venezuela” e finaliza: “Não dá pra dizer que ele não tem qualificação para a função”.
Caso a indicação realmente ocorra, Vanderlan acredita que todos poderão ter acesso ao currículo completo de Eduardo Bolsonaro e, a partir disso, ter mais clareza de suas competências e capacidades. “Mas já adianto que não julgo correto atacar essa indicação apenas por ser filho do presidente. E hoje é isso que está acontecendo. Se fosse outro indicado, mesmo com menos qualificação, certamente não estaria sendo tão bombardeado como estão fazendo com o filho do presidente”, disparou.
“Quando essa indicação chegar ao Senado, espero que ela seja analisada de forma técnica, levando em consideração os estreitamentos dos laços entre Brasil e Estados Unidos com o deputado Eduardo Bolsonaro na Embaixada Americana. Isso é o que realmente precisamos levar em consideração”, conclui o parlamentar.