Candidato à presidência da OAB-GO é criticado por ter colocado a perder luta que resultou na aprovação do Plano de Valorização da Mulher Advogada
Entre o discurso e a prática há, às vezes, um abismo. São muitos os exemplos, desde em nosso cotidiano – por exemplo, com o vizinho da casa ao lado – a grandes autoridades e seus estelionatos eleitorais.
O ser humano é por natureza contraditório e parece ser esse o caso de Pedro Paulo de Medeiros, pré-candidato à presidência da seccional goiana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-GO).

Pedro Paulo de Medeiros e Bárbara Cruvinel, pré-candidatos a presidente e a vice-presidente da OAB-GO | Foto: Divulgação
Recentemente, Pepê, como é conhecido, anunciou os nomes de quatro mulheres para sua chapa na entidade, no que parecia ser uma tentativa de reduzir o desgaste de seu nome junto ao público feminino.
Pedro Paulo é alvo de críticas duras porque colocou a perder a luta das mulheres que resultou na aprovação do Plano de Valorização da Mulher Advogada.
Em 2015, derrotado nas urnas, Pepê tentou impugnar a conselheira Aline Rizie e anular a eleição. A alegação foi de que Aline não detinha tempo ininterrupto de advocacia, porque teria se licenciado pelo INSS por causa de uma gravidez de risco. O argumento feria de morte o espírito do Plano de Valorização, que leva em conta particularidades da condição feminina, como a maternidade.
O agora candidato perdeu em todas instâncias da OAB e, não satisfeito, levou o caso à Justiça Federal. Mas, por fim, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) encerrou a discussão e a candidatura da conselheira Aline Rizie foi considerada regular, para alívio das mulheres advogadas.
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