Presidente e vice dos EUA destacam importância ação conjunta de países para mudanças no cenário ambiental impactem positivamente na economia

Joe Biden em pronunciamento de abertura da Cúpula do Clima. | Foto: Reprodução

A Cúpula do Clima, que iniciou na manhã desta quinta-feira, 22, foi aberta com o discurso do presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, que deu destaque aos aspectos morais e econômicos da luta contras as mudanças climáticas. Junto à Biden, outros 26 presidentes e primeiros-ministros discursam durante a abertura, incluindo o chefe de Estado brasileiro, Jair Bolsonaro (sem partido). Na conferência que terá duração de dois dias, mais de 40 líderes internacionais marcarão presença.

Em sua fala, Biden classificou a mudança climática como a crise existencial da geração e ressaltou a importância de se investir em infraestrutura verde para que a meta de se cortar a emissão de gases do efeito estufa pela metade até o final da década seja cumprida. Isso colocará o país no caminho para zero emissões em 2050″, complementou.

“Este momento é mais do que falar em preservação do nosso planeta, é também sobre garantir um futuro melhor para todos nós. É por isso que quando as pessoas falam sobre clima, eu penso em empregos. Nossa resposta à questão climática demanda a uma criação de empregos extraordinária”, afirmou Biden, ao pontuar que a transformação da matriz energética e nos meios de produção podem gerar empregos e solucionar problemas econômicos.

Além disso, o presidente dos EUA ainda destacou a crucialidade da colaboração dos demais países nas ambiciosas metas. Segundo funcionários da Casa Branca, o novo objetivo exposto por Biden deve fazer com que as emissões do país norte-americano caiam entre 50% e 52%, o colocando abaixo dos níveis de emissão de 2005 até 2030.

A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, também cobrou união da comunidade internacional para a realização de ações rápidas sobre o clima. Ela destacou que, para que mudanças ocorram, será necessário o aumento do uso de renováveis e novas tecnologias.

“Como uma comunidade global, é imperativo que ajamos de forma rápida e unida para confrontar essa crise. E isso vai requerer inovação e colaboração ao redor do mundo”, explicou a vice-presidente.

A meta ainda sinaliza o objetivo do presidente de voltar a aderir ao Acordo de Paris, que tem o intuito de reduzir a emissão dos gases de efeito estufa, e de tentar pressionar outras nações para a frente. Este momento sinaliza o retorno do protagonismo dos Estados Unidos em cenário internacional, frente a uma agenda ambiental, que foram deixados de lado pelo ex-presidente Donald Trump.