Apesar de grande parte dos senadores terem usado fala para questionar e apontar falhas do Ministério da Saúde durante a administração do general, o senador por Goiás foi coerente com seus posicionamentos e defendeu liderança do ex-ministro na pasta

Vanderlan Cardoso na CPI da Covid | Foto: Reprodução/TV Senado

Na contramão de grande parte dos senadores que pediram a palavra na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid que ouviu, nesta quarta e quinta-feira, 19 e 20, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, o senador por Goiás Vanderlan Cardoso (PSD) aproveitou seu tempo de tribuna para enaltecer o trabalho realizado pelo general. “O reconhecimento e a gratidão são grandes virtudes que um homem nunca deve esquecer, sobretudo um homem público”, afirmou o parlamentar no início de sua fala.

“Quero aqui reconhecer e agradecer vossa excelência, o ministro Pazuello, pelo que o senhor fez por este país, em especial, ao meu Estado de Goiás, durante a pandemia de coronavírus. E, olhe, não foi pouca coisa, não. Eu quero mencionar aqui alguns: quase 18 mil respiradores foram entregues no Brasil pelo Ministério da Saúde, quase mil só para Goiás, o meu Estado. Nas gestões anteriores ao ministro Pazuello foram comprados respiradores de Hong Kong que jamais foram entregues. Na gestão Pazuello, os respiradores foram entregues de maneira independente de posição partidária e política. Quantas vidas salvaram”, aplaudiu o senador.

Para Vanderlan, não podemos nos deixar afogar pela dicotomia do bem e do mal. “Este clima de polarização que infelizmente tomou conta do Brasil, definitivamente, esta disputa do bem e do mal, alimentada pela disputa das eleições de 2022, não faz bem ao nosso país”, opinou o parlamentar que nesta semana postou vídeo em seu perfil do Instagram ao lado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a quem defendeu.

“Ontem eu estive aí presencialmente na comissão e vi quanta ingratidão na fala de alguns, o chamando de mentiroso. Pessoas que há poucos dias atrás o elogiavam e o agradecia porque tudo que foi pedido ao ministério foi distribuído”, falou o senador que atribuiu a crise no Amazonas, ocorrida em janeiro pela falta de oxigênio para pessoas em estado grave da Covid-19, à dificuldade de acesso da região.