Mulher entra em coma por 17 dias após tomar Ibuprofeno; motivo é surpreendente

07 maio 2024 às 18h48

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Uma mulher de 31 anos, residente em Papanduva, Santa Catarina, passou por um período de coma de 17 dias devido a uma reação incomum ao Ibuprofeno. Jaqueline Gmack consumiu os comprimidos para aliviar cólicas menstruais, porém, acabou desenvolvendo a Síndrome de Stevens-Johnson, uma resposta exagerada do corpo a certos medicamentos.
O relato descreve uma rápida evolução dos sintomas, com apenas 48 horas decorridas desde uma leve coceira nos olhos até o surgimento de bolhas de sangue na boca. Ao buscar atendimento hospitalar, os sintomas se agravaram, espalhando-se pelo rosto e prejudicando sua visão.
Esta condição cutânea rara desencadeia uma reação imunológica extrema, levando à agressão da pele saudável, mucosas, olhos e áreas genitais. Embora o incidente tenha ocorrido em 2011, mais de uma década depois, Jaqueline ainda está em processo de recuperação, tendo passado por mais de 12 cirurgias, resultando em uma recuperação parcial de apenas cerca de 40%.
“Foi como se eu tivesse sido queimada de dentro para fora. Eu não sabia o que tinha acontecido comigo. Percebi que todo o meu corpo estava enfaixado, minha visão estava completamente turva, e eu tinha um tubo na garganta, mas não sentia dor. Foi só então que comecei a perceber e percebi que estava muito fraca e que algo muito sério havia acontecido comigo”, relembra.
A Síndrome de Stevens-Johnson muitas vezes se inicia com sintomas gripais, seguidos por uma erupção cutânea que forma bolhas e se espalha pela pele e mucosas. Os danos afetam não apenas a pele, mas também as membranas mucosas, órgãos reprodutivos e olhos.
“Os médicos me disseram que era um milagre eu ter sobrevivido. Minha família não me deixou me ver no espelho por alguns dias. Quando finalmente olhei no espelho, vi alguém que não reconhecia”, lamenta.
Para restaurar sua visão, Jaqueline submeteu-se a 24 cirurgias, incluindo transplante de córnea, células-tronco e membrana amniótica. Após mais de uma década, ela ainda requer consultas quinzenais para monitorar sua saúde ocular e o impacto contínuo da doença.
“O obstáculo mais difícil de superar é saber que nunca poderei ter a visão que tinha antes. Gostaria de encontrar uma cura para poder enxergar novamente. Mas me sinto como uma guerreira”, finaliza.
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