“Muitos integrantes do MDB estão fazendo uma oposição destrutiva”, diz Bruno Peixoto
16 fevereiro 2020 às 16h13
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Líder do governo quer buscar união em torno da base para construir um caminho sólido nas eleições de 2020
“Muitos integrantes do MDB estão fazendo uma oposição destrutiva”, disse o líder do governo Bruno Peixoto em entrevista realizada nesta semana. “O que acho inadequado e inoportuno”, continuou, em referência principalmente à liderança do partido. O deputado estadual salientou que a sigla tem que buscar um trabalho de união em prol do governo.
Bruno esteve no evento de lançamento do livro Um Golpe contra os Trabalhadores, do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, na última quarta-feira, 12, no Castro’s Park Hotel. Durante o evento, Lupi endossou a pré-candidatura de Paulinho Graus à prefeitura de Goiânia. O deputado estadual aproveitou para articular em prol de alianças para a base governista.
“Temos que buscar aliança de todos os partidos que compõem a base aliada do governo”, salientou em entrevista durante o evento. “O MDB tem um projeto para a capital e para o estado. Temos que nos preocupar em gerir o estado e não em fazer política partidária, esses eventos trazem a união da base”, disse.
Base
A Base governista, no entanto, enfrenta encolhimento, principalmente com votos rebeldes durante a tramitação da Reforma da Previdência estadual em que Humberto Teófilo (PSL), Eduardo Prado (PV), Karlos Cabral (PDT), Major Araujo (PSL) e Virmondes Cruvinel (Cidadania) votaram contra o governo. O que pode dificultar algumas alianças para as eleições deste ano, sobretudo pelo veto às coligações para cargos proporcionais.
O líder do governo diz respeitar a opinião dos deputados dissidentes, sobretudo Humberto Teófilo, Eduardo Prado e Major Araújo que fazem críticas abertas ao governo nas redes sociais desde o final do ano passado. No entanto, reforça que eles são tratados como oposição. “Aqueles que não querem diálogo, vamos tratar como oposição”.
A base governista na Assembleia continua, assim, com 26 deputados, com a possibilidade de subir para 28, já que o governo entende que tanto Karlos Cabral quanto Virmondes ainda estão dentro da área de diálogo do governo estadual.
Eleições
Bruno Peixoto diz que faz o trabalho de ouvir e sondar todos os pré-candidatos dos partidos da base para que haja o maior número de vereadores e prefeitos eleitos possíveis dentro do escopo governista. Para prefeito, no entanto, não há obrigação de ter um só candidato, apesar de a união ser o horizonte a ser adotado. “Poderemos ter em algumas cidades dois ou três candidatos”, reforça.