O Mato Grosso (MT) lidera o número de focos de queimadas de janeiro à 1º de setembro deste ano. Ao todo, foram 25.887 focos de incêndio no Estado no período, o que representa 20% de todas as queimadas do país. Goiás ocupa a 14ª posição com 2.685 focos no ano. A informação consta no painel do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Apenas em agosto, 13,6 mil focos de queimadas foram identificadas no Mato Grosso, número maior que o somado de janeiro à julho deste ano. O Inpe afirma que o número de queimadas em agosto deste ano foi o maior índice dos últimos 10 anos no Estado.

Entre os fatores que causam os focos de incêndios está a severa estiagem e tempo seco, que atinge diversas regiões do Brasil. Segundo o Cemaden, essa é a maior seca da história. O governo do Mato Grosso declarou situação de emergência na última sexta-feira, 30.

Entre os fatores que causaram a decretação estão a estiagem prolongada, altas temperaturas, ondas de calor, baixa umidade relativa do ar e ventos intensos. As condições ajudam na ocorrência de incêndios.

Condições climáticas em Goiás

Goiás também sofre com o tempo seco, ventos intensos e a falta de chuvas. As condições criam um ambiente favorável para queimadas intensas. Na última semana, o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas do Estado de Goiás (Cihmego) emitiu um boletim informativo apontando que Goiás permanecerá com temperaturas elevadas devido a influência da onda de calor.

Em 2024, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou em Goiás 2424 queimadas até o mês de agosto. Somente neste mês, foram 859 registros, sendo 271 apenas nas últimas 48 horas. No comparativa com o ano passado, Goiás registrou 1.807 incêndios, um aumento de 34%.

Os satélites de observação registraram 102.670 incêndios em todo o território nacional neste ano, com destaque para o Mato Grosso com 19.973 registros de incêndios, seguido pelo Pará, com 13.429.

Os dados do Inpe são coletados a partir do programa Copernicus, uma série de satélites dedicados à observação da Terra, gerido em conjunto pela Agência Espacial Europeia (ESA) e pela Comissão Europeia. Seu objetivo é fornecer informações precisas, atualizadas e acessíveis sobre o meio ambiente e a segurança para ajudar na gestão e proteção do planeta.

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