MP vai protocolar novo pedido de afastamento da secretária Fátima Mrué
12 março 2018 às 09h37

COMPARTILHAR
Nova ação alega ato de improbidade administrativa por conta da precariedade do atendimento odontológico em Goiânia
O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) vai protocolar nova ação na Justiça pedindo o afastamento de Fátima Mrué da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia.
Segundo a promotora de Justiça Leila Maria de Oliveira, Mrué estaria sendo omissa em seus deveres legais e agindo de forma negligente no trato com a saúde pública, desta vez quanto aos serviços de saúde bucal.
[relacionadas artigos=”118401,119054″]
A promotora vai requerer o afastamento de Mrué do cargo e a condenação pela prática de atos de improbidade administrativa. As informações são do site do MP-GO.
No último dia 2 de março, a mesma promotora pediu o afastamento da secretária por autorizar o pagamento de curso de mestrado de duas servidoras com dinheiro do Fundo Municipal de Saúde, com custo total de mais de R$ 100 mil. Este primeiro pedido de afastamento foi negado, mas o processo por ato de improbidade continua correndo na Justiça.
Sobre os atendimentos odontológicos, o MP apurou que há equipamentos estragados como raio X, compressor e cadeiras, e faltam remédios e insumos básicos, tais como seringas, materiais para restauração e prótese, curativos, anestésicos, luvas, entre outros. Segundo relata a promotora na ação, noticiários locais têm mostrado essas carências, bem como consultórios fechados.
“Há um imenso descaso por parte da secretária com os atendimentos odontológicos em Goiânia. Mrué foi omissa e negligente, deixando de tomar providências essenciais para uma prestação eficiente e humanizada desses serviços”, sustenta a promotora, ressaltando ainda que essa precaridade afeta especialmente a parcela mais vulnerável da população, que não tem condições de custear um profissional privado.
O MP passou a apurar a situação a partir de denúncia dos vereadores que integram a Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga irregularidades no âmbito da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Segundo os vereadores, o atendimento odontológico em Goiânia está suspenso há vários meses, mesmo diante da normalidade do repasse do Ministério da Saúde, que envia R$ 200 mil ao mês para a prefeitura realizar o serviço.