MP recomenda ao Estado e a Goiânia que não sediem jogos da Copa América
03 junho 2021 às 14h00
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Na recomendação, os membros do MP citam a alta taxa de ocupação dos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) e enfermaria nos hospitais estaduais, municipais e privados de Goiânia destinados a tratar casos de Covid-19
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) expediu recomendação ao Estado de Goiás para que adote medidas contrárias ao recebimento de eventos relacionados à Copa América, competição continental de futebol. A recomendação se embasa em deliberação do Centro de Operações Emergenciais (COE) em Saúde Pública de Goiás para Enfrentamento ao Coronavírus, que se posicionou, em reunião realizada na quarta-feira, 02, unanimemente contrário à realização da competição no Estado. Recomendação no mesmo sentido foi enviada ao município de Goiânia na terça-feira, 01. O Conselho Estadual de Saúde emitiu nota de repúdio à realização da competição.
O documento, endereçado ao governador Ronaldo Caiado (DEM-GO) pelo procurador-geral de Justiça Aylton Flávio Vechi, e enviado também ao secretário de Estado da Saúde, Ismael Alexandrino, é assinado pelos promotores de Justiça com atuação na área de Saúde em Goiânia Marcus Antônio Ferreira Alves (53ª PJ), Heliana Godói de Sousa Abrão (82ª PJ), Marlene Nunes Freitas Bueno (87ª PJ) e Joel Pacífico de Vasconcelos (atuando em substituição na 88ª PJ).
Na recomendação, os membros do MP citam a alta taxa de ocupação dos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) e enfermaria nos hospitais estaduais, municipais e privados de Goiânia destinados a tratar casos de Covid-19. Citam ainda os decretos municipais da capital, que restringem inúmeras atividades comerciais com o objetivo de evitar aglomerações.
Foi fixado prazo de cinco dias para que o Estado informe sobre as providências adotadas.
Capital
Recomendação com o mesmo teor também foi expedida, na terça-feira, 01, pela 88ª Promotoria de Justiça e endereçada ao município de Goiânia, nas pessoas do prefeito Rogério Cruz e do secretário de Saúde, Durval Ferreira Fonseca Pedroso.