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Proposta pretende recuperar ao menos dez parques do Estado, usando mão de obra de detentos do semiaberto

Um projeto de autoria do Ministério Público de Goiás (MPGO) quer utilizar a força de trabalho dos presos do regime semiaberto do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia para a recuperação ambiental dos parques da capital. A proposta foi apresentada nesta semana pelo promotor Marcelo Celestino, titular da 25ª Promotoria de Justiça de Goiânia, às secretarias municipais de Meio Ambiente de Goiânia e de Aparecida de Goiânia e ao secretário estadual de Meio Ambiente, Vilmar Rocha.

Intitulado “Recuperando Pessoas e Parques”, o projeto, segundo relata Marcelo Celestino, tem finalidade educativa e produtiva. Ele destaca, em sua justificativa, que a oferta de trabalho com remuneração constitui um dos direitos dos presos, mas que, hoje, as oportunidades oferecidas à população carcerária goiana são precárias e se restringem à Colônia Agroindustrial do Semiaberto.

“Há uma grande oferta de mão de obra por parte da comunidade penitenciária e, por outro lado, o Município de Goiânia necessita urgentemente dessa mão de obra para a recuperação das Unidades de Conservação Ambiental da região metropolitana, que estão em péssimo estado de conservação, devido à escassez de servidores municipais e as dificuldades financeiras do município”, afirma.

O promotor defende o custeio do projeto por meio dos Fundos Estadual e Municipal do Meio Ambiente, que, segundo ele, foram constituídos justamente para custear projetos ou programas de preservação, recuperação e melhoria da qualidade do meio ambiente. Ao todo, deverão ser oferecidas cerca de 200 vagas para a prestação de serviços na recuperação de ao menos dez parques goianos.

Para dar início ao projeto, Marcelo Celestino instaurou procedimento administrativo para acompanhar e fiscalizar a oferta de trabalho para os presos do regime semiaberto. Também requisitou à Superintendência Executiva da Administração Penitenciária o levantamento do contingente de presos que têm bom comportamento, habilidade para o trabalho braçal e que têm interesse em trabalhar na recuperação e manutenção dos parques. (Com informações do MPGO)