Informação foi revelada pela defesa de Vaccari; ambos eram investigados por suposta corrupção passiva por solicitação de propina para quitar dívidas da campanha de Haddad

O Ministério Público apresentou promoção de arquivamento do inquérito policial no âmbito da Lava Jato que investigava o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Ambos eram investigados por suposta corrupção passiva por solicitação de propina de R$ 5 milhões à OAS para quitar despesas da campanha eleitoral, em 2013.

Informação foi revelada na manhã desta quinta-feira, 16, pela defesa de Vaccari Neto. A investigação havia sido aberta com base na delação premiada de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS. Na ocasião, mesmo sem provas, Pinheiro afirmou ter sido procurado por Vaccari, no primeiro trimestre de 2013, momento em que o ex-tesoureiro do PT teria pedido o recurso para o pagamento das dívidas da campanha de Haddad.

Em troca, segundo Pinheiro, Vaccari teria oferecido a continuidade de contratos com a Prefeitura. O ex-tesoureiro, no entanto, nega a informação. Após as investigações, o Ministério Público afirmou não ter sido possível comprovar as acusações.

“O próprio Ministério Público, após as investigações, chegou à conclusão de que os crimes atribuídos aos investigados nunca ocorreram e que após mais de 680 páginas de documentos colhidos, o suposto valor exigido pelo Sr. Vaccari não se comprovou, afirmando ainda, que as defesas apresentaram documentos que demonstraram a improcedência das acusações do delator”, ressaltou a defesa de Vaccari, que é encabeçada pelo advogado criminalista Luiz Flávio Borges D’Urso.