Mourão pede calma para definir data de vacinação contra Covid-19 e diz que quer ser vacinado

14 dezembro 2020 às 15h57

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Vice-presidente cita questão logística como desafio para campanha de imunização no País

O Governo Federal ainda não apresentou uma data para o seu plano de vacinação contra a Covid-19. O Ministério da Saúde chegou a apresentar para o Supremo Tribunal Federal (STF) um plano nacional de imunização que prevê priorizar alguns grupos, como idosos e profissionais da saúde. O documento, no entanto, não determina uma data de início e do fim da vacinação no País, o que foi cobrado pelo ministro Ricardo Lewandowski.
O vice-presidente Hamilton Mourão admitiu estar na expectativa para ser imunizado. Mourão foi um dos poucos membros do alto escalão governamental que ainda não contraiu o novo coronavírus. “Também estou angustiado, quero ser vacinado, mas vamos aguardar”, complementa o vice-presidente.
Mourão também ressaltou a questão logística para definir uma data viável de imunização no País. Ele traçou um paralelo com a Segunda Guerra Mundial para ilustrar a situação: “O desembarque da Normandia foi caracterizado como o dia D, mas ninguém sabia qual seria esse dia D, porque se tinha uma série de fatores. Tinha que reunir pessoal, material, tinha que ter as condições meteorológicas. É a mesma coisa com a vacina”.
Perguntado sobre a compra da vacina Coronavac, produzida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo, Mourão disse ser preciso aguardar. “Nenhum País comprou a Coronavac, está todo mundo comprando Pfizer e outras aí, então vamos aguardar”, concluiu o vice-presidente.
Mourão afirmou que o governo deve adquirir os imunizantes de acordo com a capacidade de produção. “A compra vai indo de acordo com a produção dessas vacinas. Vai se comprar tudo que tiver que ser comprado. Na minha visão, vai levar um ano vacinando (a população)”, finalizou.
[Esta matéria conta com informações da Revista Exame]