Indicativo de greve foi publicado na madrugada desta sexta-feira e paralisação foi iniciada no começo da manhã

Motoristas do Eixo Anhanguera reunidos em frente a Metrobus — Foto: Gabriel Garcia/Reprodução

Em Goiânia, motoristas de ônibus do Eixo Anhanguera fazem uma paralisação desde o início da manhã desta sexta-feira, 9. A principal reinvindicação dos trabalhadores que se reuniram em frente à garagem da Metrobus é a vacinação da categoria contra a Covid-19. Pela paralisação, os ônibus do Eixo Anhanguera não estão circulando na região metropolitana de Goiânia, o que causou certa aglomeração de passageiros nos terminais da capital. Todas as demais linhas do sistema Metropolitano de Transporte Coletivo estão funcionando normalmente. A expectativa é que a paralisação dure até o fim do dia.

RedeMob Consórcio explica que essa paralisação afeta cerca de 40 mil passageiros, “o que representa algo em torno de 20% do total de usuários transportados diariamente” na Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (RMTC). A Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC) explica que a paralisação atingiu 40% das linhas, uma vez que o atendimento do Eixo Anhanguera é feito por 09 terminais – incluindo extensões.

A CMTC ainda afirma compreender as motivações da paralisação e diz esperar que a categoria possa ser incluída o mais rápido possível no cronograma do Plano Nacional de Imunização (PNI). “Para a proteção de motoristas e trabalhadores que utilizam o sistema RMTC, a CMTC, como órgão gestor, tem trabalhado com os gestores públicos ações para mitigar os impactos da pandemia no sistema de transporte, seja em relação aos trabalhadores ou usuários, incluindo-se a exigência de medidas sanitárias mais rígidas pelas concessionárias, priorização de embarque dos trabalhadores em serviços essenciais, otimização dos horários de embarque fora dos períodos prioritários e álcool em gel nos terminais”, acrescentou a CMTC em nota.

Apesar de o Sindcoletivo ter publicado o indicativo de greve, na madrugada desta sexta-feira, 9, o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo da Região Metropolitana de Goiânia (SET) se manifesta a favor da vacinação, mas contra a paralisação do serviço. “Paralisar o transporte público neste momento será muito danoso para as cidades atendidas pela RMTC – Rede Metropolitana de Transportes Coletivos, e para a manutenção dos serviços essenciais, em especial os setores de saúde e alimentação, que correspondem a 55% de todos clientes que fizeram o cadastro no Embarque Prioritário”, avalia Alessandro Moura, vice-presidente do SET.