Uma criança de 11 anos morreu após ser atropelada por um caminhão na Avenida Perimetral Norte, no Setor Santos Dumont, em Goiânia. O acidente ocorreu nesta terça-feira, 14, enquanto a vítima trafegava na garupa da moto da mãe, de 43 anos, que ficou ferida. 

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A colisão entrou na lista de mortes investigadas pela Delegacia Especializada em Investigações de Crimes de Trânsito de Goiânia (Dict), que registrou números quase que instáveis nos últimos três anos. De 2022 a 2024 (até março), a capital contabilizou 458 mortos em acidentes, sendo que 269 (58,7%) eram motociclistas. 

Em 2022, a especializada investigou 200 óbitos – 120 eram motociclistas (60%). No ano passado houve 203 mortes das quais 124 (61%) eram passageiros ou condutores de motos. Já em 2024, em três meses, 55 pessoas morreram nas vias da capital – 25 (45%) das vítimas estavam sobre veículos de duas rodas. 

“Diariamente registramos sinistros envolvendo diversos tipos de veículos, como carros, caminhões e ônibus. Porém, em virtude da vulnerabilidade dos motorista, qualquer acidente que envolva motociclistas pode vir a ser fatal”, explica o delegado Hellyton Carvalho. 

Hellyton explica que, além da exposição do motociclista, a qualidade da malha asfáltica é outro fator que contribui para a mortalidade no trânsito. Algumas regiões de Goiânia carecem de estrutura nas vias, que possuem buracos e desníveis. 

A precariedade pode estar vinculada à quantidade de veículos da capital, responsável por deter 28,6% (1,3 milhão) da frota do estado, de 4,7 milhões, conforme o Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran). O número de máquinas de transporte é equivalente a 93,9% da população da capital, quase um veículo por pessoa.

“A nossa frota de motocicletas é considerada uma das maiores do Brasil, proporcionalmente ao número de habitantes. A grande maioria dos acidentes se deve à falta de respeito às sinalizações do trânsito por parte dos envolvidos, mas há também a parcela de fatalidades, como um pneu que estoura”, afirmou Hellyton.  

Prevenção 

O delegado conta que uma das formas de prevenir a mortalidade no trânsito é a educação, como o respeito às normas e a sinalização. Neste mês, conhecido como Maio Amarelo, o governo e as prefeituras têm realizado ações sociais para a conscientização do motorista.

“Não há outra forma de diminuir essa grande mortalidade a não ser dirigir com cuidado e respeitando as normas de trânsito, como o deve ser feito. Isso previne a vida do motorista e dos demais usuários das vias de trânsito”, concluiu.