Morre Bruno Covas, prefeito de São Paulo, após intensa luta contra câncer

16 maio 2021 às 10h10

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Prefeito tratava um câncer no trato digestivo desde 2019. Ele havia se licenciado do cargo no último dia 2 após quadro de saúde se agravar para se dedicar integralmente a quimioterapia e imunoterapia

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, morreu na manhã deste domingo,16, às 08:20, no Hospital Sírio-Libanês, onde estava internado desde o último dia 02 de maio, quando o quadro se agravou e ele pediu licença do cargo. Na última sexta-feira, 14, um boletim médico havia que seu estado clínico era “irreversível”, ou seja, ele ainda estava vivo, mas já em estado terminal. O tucano tinha 41 anos e deixa um filho adolescente, Tomás.
Formado em Direito pela Universidade de São Paulo (USP) e em Economia pela Pontifícia Universidade Católica, Bruno herdou o tino do avô, Mário Covas, e sempre teve interesse em política, se tornando presidente estadual e nacional da Juventude Tucana, após se filiar ao PSDB, em 1998, aos 18 anos.
Em 2006, elegeu-se ao primeiro cargo público, como um dos deputados estaduais mais bem votados de São Paulo. Em 2011, foi secretário estadual do Meio Ambiente, no governo de Geraldo Alckmin. Já em 2014, Covas foi eleito deputado federal, deixando o cargo dois anos depois para disputar como vice-prefeito de São Paulo, na chapa de João Dória.
Em 2018, herdou a prefeitura, quando Dória renunciou para disputar o governo do Estado. Em 2020, Covas foi reeleito.
Saúde
A saúde de Bruno começou a se deteriorar após a descoberta de um câncer no trato digestivo, em outubro de 2019. O avô, Mário, também havia sido acometido por um câncer na bexiga, que ocasionou sua morte em 2001. O prefeito de São Paulo passou por diversas sessões de quimioterapia no último ano e meio e ficou sob os cuidados da equipe médica liderada por David Uip.
Apesar da doença, Covas continuou com a rotina de atividades políticas. Em 2020, o tucano sentiu desconforto abdominal e, após exames, foi constatada uma inflamação no intestino. Covas chegou a ser infectado com a Covid-19 em junho de 2020, mas se recuperou.
Em 2021, o prefeito de São Paulo passou por exames que confirmaram que o câncer havia se espalhado pelo fígado e ossos. Ele foi internado em 2 de maio, quando enviou carta à Câmara Municipal de São Paulo pedindo licença do cargo por 30 dias para se tratar. Após uma endoscopia, no seguinte à internação, foi constatado sangramento na cárdia e ele teve de ser transferido para a UTI, onde foi intubado.