Morreu, nesta terça-feira, 17, a renomada escritora, crítica literária e ensaísta argentina, Beatriz Sarlo, aos 82 anos. A intelectual se tornou conhecida por suas análises sobre cultura, política e literatura. Ela estava internada há três semanas devido a um acidente vascular cerebral (AVC).

A ensaísta nasceu em Buenos Aires em 1942 e construiu uma carreira como professora universitária. Sarlo, que também era escritora, tinha entre seus livros mais célebres ‘Una modernidad periférica’ e ‘Tiempo pasado’. Entre suas 30 publicações estão Cenas da Vida Pós-Moderna”, “Modernidade Periférica”, “Jorge Luis Borges, um Escritor na Periferia”, “Sete Ensaios sobre Walter Benjamin e um Lampejo”, “Paisagens Imaginárias – Intelectuais, Arte e Meios de Comunicação”, “A Paixão e a Exceção: Borges, Eva Perón, Montoneros”.

Beatriz Sarlo foi uma das maiores intelectuais da América Latina, além de ser responsável por uma revolução na crítica literária argentina. Como pesquisadora e ensaísta, ela estudou as transformações socioculturais pelas quais a Argentina passou nos séculos 20 e 21. Seus estudos ajudaram a reinventar conceitos de modernidade e pós-modernidade.

A escritora foi crítica ao kirchnerismo e opositora de Javier Milei, mesmo estando afastada do debate público. Ela também foi fundadora da revista Punto de Vista, a qual dirigiu por 30 anos, e escreveu para os principais jornais de seu país, como o Clarín e o La Nación.

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