O Brasil perdeu nesta sexta-feira, 8, um de seus maiores nomes do samba. O cantor e compositor Arlindo Cruz, de 66 anos, faleceu no Rio de Janeiro, conforme confirmou sua esposa, Babi Cruz. Ele lutava há anos contra as complicações de um acidente vascular cerebral hemorrágico (AVC) sofrido em março de 2017, quando passou mal em casa. Desde então, enfrentou diversas internações e não voltou a se apresentar.

Arlindo Domingos da Cruz Filho nasceu em 14 de setembro de 1958, na cidade do Rio de Janeiro. Desde muito jovem, demonstrou talento para a música, especialmente para o samba, gênero que ajudou a renovar e popularizar nas últimas décadas. Tornou-se um dos nomes mais respeitados do samba de raiz, com uma trajetória marcada por talento, generosidade e uma produção artística vasta e influente.

Trajetória marcante

Arlindo começou na música ainda adolescente, tocando cavaquinho. Aos 19 anos, já integrava o grupo de apoio de Candeia, uma das figuras centrais do samba carioca. Pouco tempo depois, entrou para o grupo Fundo de Quintal, um dos mais importantes do samba, onde ficou por mais de uma década e ajudou a consolidar o chamado “samba de pagode”, mesclando elementos tradicionais com uma linguagem mais moderna e acessível.

No Fundo de Quintal, Arlindo gravou clássicos como “O Show Tem Que Continuar”, “Lucidez, “Só pra Contrariar” e “A Amizade”. Em 1993, iniciou carreira solo, consolidando ainda mais seu nome como compositor e intérprete. Com uma voz única e grande habilidade no cavaquinho, lançou diversos discos e parcerias de sucesso, mantendo-se sempre fiel às raízes do samba.

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