COMPARTILHAR

A atriz e comediante Berta Loran morreu na noite de domingo, 28, aos 99 anos, em um hospital particular de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro. A artista, que completaria 100 anos em março de 2026, vivia reclusa e afastada da imprensa.

Nascida em Varsóvia, na Polônia, em 1926, Berta imigrou ainda criança para o Brasil, fugindo da perseguição nazista contra judeus. No Rio de Janeiro, iniciou a carreira artística nos palcos do teatro de revista, conquistando o público com irreverência e espontaneidade.

Ao longo das décadas, tornou-se um dos rostos mais conhecidos da televisão brasileira, com participações marcantes em programas de humor como Balança, Mas Não Cai, Escolinha do Professor Raimundo e Zorra Total, além de novelas e minisséries. Com sotaque característico e humor debochado, Berta foi uma das primeiras mulheres a se consolidar no humor em um cenário predominantemente masculino.

Mesmo com quase oito décadas de carreira, preferia manter-se longe dos holofotes nos últimos anos. Recusou convites para entrevistas em programas como The Noite e Sem Censura, optando por preservar sua imagem.

Sem filhos, Berta deixa um legado de pioneirismo e resistência no humor brasileiro, marcado pela naturalidade com que arrancava risadas e pelo espaço que abriu para outras mulheres no gênero.

Leia também: Morre Paulo Soares, o ‘Amigão’ da ESPN, aos 63 anos