Monkey, monkey, monkey… Juntos no mesmo galho!
02 maio 2014 às 14h56
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Lembro lá nos idos da década de 80… A população da África, genericamente, milhares de seres da espécie humana, agonizavam diante da fome e ilustrava a pior das paisagens criadas pelo homem, a fome! Ainda lembro, que, numa comoção global cantamos por muito tempo: “We are the world, we are the children, We are the ones who make a brighter day, So let’s start giving, There’s a choice we’re making, We’re saving our own lives”
Numa tradução básica:
“Nós somos o mundo, nós somos as crianças, nós somos aqueles que fazem um dia iluminado, existe a escolha que estamos fazendo, estamos salvando nossas próprias vidas (…)”
Num momento de crise, houve a identidade do homem pelo homem para o homem fome nomes quase unânimes fizeram o couro e o mundo cantou, o mundo chorou por se sentirem iguais, não enquanto particularidades da personalidade, do caráter, mas, sobretudo, na condição que nos iguala, na dor, na fragilidade, na curta passagem por esse planeta e na sede de dignidade.
Aprendemos a esquecer das nossas susceptibilidades quando estamos fartos, fartos no estômago e fartos do poder, ainda que vazia a alma, mas oscilamos, assim enfrentamos lutas reais e imaginárias.
Daniel Alves estava farto só que de indignação! Ajuda ai… Nunca vi alguém numa bocada engolir uma banana com tanta convicção, havia na fruta uma cobertura, cobertura de ironia! Um macaco teria esse lapso altamente cerebral para expressar um sentimento? Não! Mas a resposta não foi individual, ai o brilhantismo, o lateral da seleção, que anda precisando jogar mais, diga-se de passagem, foi perfeito no seu ataque ou seria defesa?
Ele representou uma classe, não, ele representou o nosso país, não, a Africa? Também não, ele representou a espécie humana.
Será que o orgulho dos que jogam bananas seria a covardia dos mesmos que a comeriam se estivessem com fome ou com uma doença grave? Pois a banana seria altamente nutritiva para todos, homens, macacos, seres vivos uni ou pluricelulares e por ai vai.
Se há orgulho em sermos humanos é uma coisa, mas se há decepções ai sim, nos incluímos no mesmo barco! Ou será que só nas catástrofes nos solidarizamos?
E para o atual estágio de evolução seria uma ofensa aos macacos serem confundidos com humanos, pois eles vivem e consomem o que precisam se respeitam na hierarquia ainda que haja disputa e ainda obedecem as leis da natureza a mesma que os humanos negam ao tentar se separarem por cor, time de futebol, países e religiões!
Ainda nessa negação nos raspamos, penteamos, criamos e destruímos, criamos troféus para dar pra nós mesmos, criamos santos, criamos ídolos, criamos Nietsche, Pelé, Senna e, às vezes esquecemos, que todos são apenas macacos, ops, seres humanos.
Estamos no mesmo galho, ops, mundo! E o galho pode quebrar e ai só seremos uma história se é que as baratas e escorpiões que evoluírem vão atingir a cognição próxima da humana, mas ai não haverá macacos, sapos ou espírito de porco! E mesmo os seres humanos iluminados terão partido com a energia transformada em alguma outra coisa.
O vídeo abaixo nós faz refletir o ato e o fato mais falado ultimamente: We are the monkeys estrelado por Daniel Alves e pelos Homo sapens sapiens!!! Dance monkeys dance!