A partir de 2017, assistir séries na Netflix ou ver vídeos no YouTube deve ficar bem mais caro do que você possa imaginar. Nas redes, internautas se mobilizam contra mudança

Nas redes sociais, movimento faz apelos para que usuários se mobilizem contra mudança | Divulgação/Facebook
Nas redes sociais, movimento faz apelos para que usuários se mobilizem contra novo modelo de cobrança | Divulgação/Facebook

Um movimento criado nas redes sociais está chamando a atenção de internautas em todo o País. Batizado de “Internet Sem Limites”, a ação virtual mobiliza usuários para impedir o limite de dados em internet fixa, a exemplo do que já ocorre nos planos de internet móvel.

A mobilização ocorre quase um mês após serem divulgadas as intenções das três das principais operadoras de telecomunicação do Brasil (Oi, Vivo e Net) para que, a partir de 2017, a quantidade de dados em todos os seus planos de internet fixa fosse limitada.

No Facebook, a página criada no último dia 9 já tem quase 130 mil curtidas e as publicações têm repercutido bastante entre os internautas, que temem as consequências da mudança. Uma petição online contra o limite na franquia de dados na banda larga fixa já soma também quase 250 mil assinaturas.

Adeus, Netflix

Em recente entrevista ao site Tecnoblog, Christian Gebara, executivo da Vivo responsável pela fusão com a GVT, afirmou que quem usa YouTube e Netflix terá que pagar a mais pela internet.

No caso do streaming de vídeos, por exemplo, o serviço consome, conforme sites especializados, aproximadamente 3GB por hora, o que somado ao consumo mensal ultrapassa facilmente o gasto de 180GB, total superior ao plano mais caro oferecido pela Vivo, de 130MB.

Para o executivo da Vivo, a adoção de limite de dados em internet fixa, sob pena de corte de conexão é uma tendência mundial e um caminho sem volta. “A ideia é que o consumo seja como uma conta de luz, onde o cliente pagará apenas o que usar”, explica.