Defesa alegou que ex-PM se enquadra no grupo de risco do novo coronavírus por sofrer de diversas patologias, como hipertensão, colesterol alto, arritmia cardíaca, depressão, ansiedade, sinusite e rinite crônicas

Mizael Bispo foi condenado pelo assassinato da namorada, a advogada Mércia Nakashima.

O ministro Sebastião Reis, do Superior Tribunal de Justiça, concedeu prisão domiciliar ao ex-policial militar Mizael Bispo, condenado a 22 anos e oito meses de prisão pelo assassinato da sua ex-namorada Mércia Nakashima, em 2010.

De acordo com o ministro, há cinco meses a defesa de Bispo apresentou pedido de prisão domiciliar à 2ª Vara das Execuções Criminais de Taubaté (SP), alegando que o ex-PM se enquadra no grupo de risco do novo coronavírus. O juízo não avaliou o caso, o que motivou recurso ao STJ.

Mizael Bispo afirmou sofrer de hipertensão, colesterol alto, arritmia cardíaca, depressão, ansiedade, sinusite e rinite crônicas, além de ter sofrido uma descarga elétrica de 13800 volts, o que lhe causou sequelas graves, como baixa imunidade e perda de parte dos dedos da mão e do pé direito.

“Ressalte-se que o deferimento do benefício nesta oportunidade ampara-se tão somente nos documentos e alegações trazidas pelo impetrante (Bispo), já que não existem informações do Juízo de piso, por omissão, que as confrontem ou neguem”, destacou o ministro.

Caso Mércia Nakashima

O ex-PM, inconformado com o fim do relacionamento, atirou no queixo da advogada Mércia Nakashima, trancou-a no carro e atirou o veículo na represa com a mulher ainda viva.

Mizael Bisbo foi condenado por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, com emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima) e por ocultação de cadáver.