Imunizante da Pfizer já foi autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser aplicado a essa faixa-etária

Em coletiva de imprensa realizada na noite desta sexta-feira, 24, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que só irá recomendar que crianças de 5 a 11 anos sejam vacinadas contra a Covid-19 mediante prescrição médica e consentimento dos pais. O imunizante da Pfizer já foi autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser aplicado a essa faixa-etária.

“A nossa recomendação é que essa vacina não seja aplicada de forma compulsória. Ou seja, depende da vontade dos pais. E essa vacina estará vinculada a prescrição médica, e a recomendação obedece a todas as orientações da Anvisa”, disse Queiroga. Isso, porque de acordo com o chefe da pasta, a decisão final de imunizar ou não seus filhos é dos pais.

“Dada a sensibilidade do caso, nosso entendimento é muito parecido do que acontece na Alemanha, onde há recomendação médica, onde se contempla os casos que têm comorbidades e se respeita a decisão dos pais”, disse. Isso, porque segundo ele, como as mortes de crianças por Covid-19 estão em um baixo patamar, não é necessário tomar “medidas emergenciais”, como autorizar a vacinação a esse grupo.

De acordo com o com dados do Sistema de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe), de fevereiro de 2020 até 6 de dezembro deste ano, foram registrados 301 mortes de crianças de 5 a 11 anos pelo coronavírus. No ano passado, 2.978 crianças tiveram síndrome respiratória aguda grave como consequência da Covid-19 (sendo que 156 morreram), e em 2021, ocorreram 3.185 casos nessa faixa etária, com 145 mortes.

Apesar de Queiroga garantir que o Brasil tem condições de começar a vacinação dentro de um curto prazo, a indicação da possibilidade de imunização será submetida a consulta pública. A aprovação do documento, que conta com as regras para a imunização de crianças entre 5 e 11 anos deve ocorrer até 5 de janeiro – data que coincide com o prazo estabelecido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, para que o governo preste informações sobre a vacinação infantil.