Além de bonificações para estudantes com bom desempenho e jovens em cursos técnicos, as faixas de enquadramento no programa irão subir

Ministro Osmar Terra | Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

O Bolsa Família terá reformulação neste ano de 2020, de acordo com o ministro de Cidadania, Osmar Terra. As faixas de enquadramento no programa irão mudar de valores. Com isso, serão consideradas as famílias em extrema pobreza aquelas que recebem até R$100 per capita e, em situação de pobreza, aquelas que recebem até R$200 per capita. Os valores atuais são R$89 e R$178 per capita, respectivamente.

Com as mudanças, mais famílias poderão receber o benefício. Atualmente, o orçamento do programa é de R$30 milhões e atende a 13,5 milhões de famílias. Ainda, o programa prevê bonificações para famílias em que os filhos tiverem bom desempenho escolar, com notas acima de sete e que passarem de ano. Jovens, entre 18 e 29 anos, com cursos profissionalizantes também terão direito a um bônus. O valor ainda não foi anunciado pelo ministro e o ministério deve negociar com as empresas a oferta gratuita destes cursos.

Atualmente, famílias com filhos pequenos, de 0 a 6 meses, recebem um valor extra do programa. De acordo com Terra, a intenção é aumentar o valor deste benefício. Com a reformulação, o governo pretende gastar R$4,5 milhões a mais no programa. O pagamento do 13º salário, que foi pago em 2019 e que o governo pretende manter neste ano, deverá ter um custo adicional de R$2,5 milhões.

De acordo com Terra, o pente-fino que o governo realiza para o Bolsa Família, e agora também no Benefício de Prestação Continuada (BPC), irão poupar dinheiro, que será investido nos custos adicionais do programa social. Em 2019, o governo conseguiu economizar R$1,4 milhões ao fiscalizar o Bolsa Famíia. Terra ainda garantiu que as famílias irão receber o benefício por pelo menos dois anos, após empregados em um trabalho, para serem removidos do programa.