Blairo Maggi afirmou que com as informações técnicas fornecidas pela pasta, as investigações devem seguir outro rumo

Entrevista coletiva com Marcos Galvão, Marcos Pereira, Blairo Maggi e José Levi sobre a operação Carne Fraca | Foto: José Cruz / Agência Brasil

Durante entrevista coletiva no último domingo (19/3), o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, criticou a narrativa da Operação Carne Fraca, que foi desencadeada pela Polícia Federal (PF) na sexta-feira (17). De acordo com ele, as investigações devem tomar outro rumo agora que a pasta auxiliará a PF com informações técnicas. As informações são do Estadão.

Segundo Maggi, ficou acertado durante encontro com representantes do setor de carnes do país que o Ministério da Agricultura e a PF atuarão juntos nas investigações. A pasta deverá explicar tecnicamente para os agentes o que é certo ou não de acordo com os regulamentos.

O ministro criticou, ainda, a “narrativa” conduzida pela Polícia Federal. Ele disse que houve “fantasias” e que é uma “idiotice” achar que os produtores do setor colocariam papelão nos embutidos, como as investigações apontam. De acordo com ele, ficou claro nos áudios que os funcionários falavam de embalagens e não de misturar papelão às carnes.

Segundo chefe da pasta, se os técnicos fossem consultados, poderiam esclarecer alguns pontos que foram considerados irregulares mas são permitidos. Como exemplo foi citado o áudio em que um dono de frigorífico comprou carne de cabeça de porco para colocar na linguiça o que, segundo o ministro, é permitido em alguns produtos e percentuais.

“Por que não estávamos presentes para dizer que cabeça de porco pode ser utilizada ou que ácido ascórbico é vitamina C?”, questionou.

De acordo com Maggi, a PF explicou que não pôde consultar os técnicos do ministério porque a pasta também estava sendo investigada.