O acordo assinado na última quinta-feira (15/5), que definia aumento salarial de 7% para os trabalhadores do transporte público rodoviário de Goiânia será revisto na próxima segunda-feira (19/5), na sede da Procuradoria Regional do Trabalho da 18ª Região. A nova rodada de negociações foi motivada pela manifestação de rodoviários ocorrida na manhã de sexta-feira (16/5). Um grupo de rodoviários discordou dos termos do acordo assinado entre sindicatos de empregados e empresas e recusou-se a voltar ao trabalho.

A reunião de segunda-feira terá a participação dos dois sindicatos representantes da categoria, o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Goiás (Sindittransporte) e o Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo de Goiânia e Região Metropolitana (Sindicoletivo).

Além disso, participarão do encontro o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de Goiânia (Setransp) e a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC). As negociações serão mediadas pela procuradora-chefe da Procuradoria Regional do Trabalho da 18ª Regiao, Janilda Guimarães de Lima.

A manifestação de hoje gerou confusão e depredação de ônibus. O Sindittransporte, que participou da assinatura do acordo, criticou a mobilização e acusou o Sindicoletivo de incitar o ocorrido. O presidente do Sindicoletivo, Carlos Alberto dos Santos, negou ter iniciado a mobilização. Segundo ele, o sindicato foi procurado pelos próprios rodoviários, insatisfeitos com o acordo de 7% de aumento salarial. “Aconteceu o inverso. O Sindicoletivo foi procurado pela categoria para prestar apoio”, declarou. Santos disse que, nas negociações, o Sindicoletivo pedirá 15% de reajuste salarial.

Ele explicou ainda que as depredações ocorridas na manhã de hoje não partiram dos trabalhadores e sim, da própria população, “revoltada com a situação do transporte”. Santos reprovou a atitude do Sindittransporte que, segundo ele, fechou um acordo salarial sem a participação dos trabalhadores. “O Sindittransporte não tem direito de fechar negociação sem a anuência da categoria. Muito mais de 85% da categoria continuou parada, isso demonstra a representatividade do nosso sindicato”, rebateu.