Filho do ex-tabelião e outros dois funcionários do cartório dele também estão da ação civil. Lesão aos cofres públicos ultrapassa R$ 2 milhões

| Foto: Ministério Público
Maurício contava com a ajuda de funcionários para burlar intervenção no Cartório W. Sampaio | Foto: Ministério Público

O Ministério Público de Goiás (MPGO) propôs uma ação civil pública contra Maurício Sampaio por suspeita de lesão aos cofres públicos em valores superiores a R$ 2 milhões. Além dele, outras três pessoas também estão envolvidas: seu filho, Maurício Sampaio Filho; Clarimita Martins, que é funcionária do Cartório W. Sampaio; e Luiz Carlos Brás, ex-servidor do estabelecimento.

[relacionadas artigos=”13193″]

A denúncia foi feita considerando dados da prestação de contas do cartório entre junho de 2013 a junho de 2014. Entre as irregularidades verificadas, estão transferências feitas a Maurício Sampaio e seu filho, saques indevidos, cheques descontados sem autorização, e até mesmo pagamentos de débitos de Maurício com o INSS.

No total, os atos de improbidade administrativa somaram um déficit de R$ 2.928.252,79. Os dois funcionários do cartório é que ajudavam Maurício a cometer as irregularidades. Os cheques, por exemplo, nos valores de R$ 30 mil e R$ 80 mil, foram emitidos e descontados por Luiz Carlos – que foi demitido justamente por ter feito isso.

Todo o valor do dano deverá ser reposto pelos envolvidos, que terão seus bens bloqueados. Na ação também consta um novo pedido de afastamento de Maurício do Cartório do 1° Registro de Pessoas Jurídicas, Títulos, Documentos e Protestos de Goiânia. Atualmente, o ex-tabelião já está afastado por liminar. Por fim, o MPGO pede que eles sejam condenados de acordo com a Lei da Improbidade Administrativa.

*Com informações do MPGO