Anvisa orienta suspender uso de AstraZeneca em gestantes; Prefeitura de Goiânia indica vacinas da Pfizer

11 maio 2021 às 08h42

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Apesar de dois casos terem sido registrados, apenas um deles teve investigação confirmada pela pasta; MS pede que mulheres posterguem gravidez durante pandemia e Anvisa recomenda suspensão imediata de aplicação da AstraZeneca/Friocruz em gestantes

Caso de gestante que foi a óbito após ser imunizada com dose de vacina da AstraZeneca, no Rio de Janeiro, é investigado por Ministério da Saúde. Em nota enviada à Folha de São Paulo, a pasta ainda afirmou que reavalia a imunização do grupo de gestantes que não possuem comorbidades.
Apesar da existência de dois casos de morte de gestantes após a aplicação da vacina – um do Rio de Janeiro, outro na Bahia –, o ministério confirmou a investigação de apenas um deles.
Suspensão de vacinas em gestantes
Com a repercussão dos casos, na noite desta segunda-feira, 10, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu nota técnica em que orienta que a bula da vacina contra a Covid-19 da AstraZeneca/Fiocruz seja estritamente seguida. Nela, não consta o uso do imunizante em gestantes. Portanto, a recomendação é a suspensão imediata do uso no grupo.
“A orientação é resultado do monitoramento de eventos adversos feito de forma constante sobre as vacinas Covid em uso no país. O uso ‘off label’ de vacinas, ou seja, em situações não previstas na bula, só deve ser feito mediante avaliação individual por um profissional de saúde que considere os riscos e benefícios da vacina para a paciente. A bula atual da vacina contra Covid da AstraZeneca não recomenda o uso da vacina sem orientação médica”, diz Anvisa, em nota.
Covid-19 em gestantes
Em abril deste ano, o Ministério da Saúde recomendou que mulheres postergassem a gravidez durante a pandemia, uma vez que as variantes da Covid-19 no Brasil teriam se mostrado mais agressivas em grávidas. Não foram, entretanto, especificadas quais variantes a pasta se referia.