Um grupo de moradores de Catalão e Ouvidor protestaram contra as mineradoras Cmoc do Brasil e Mosaic Fertilizantes, nesta terça-feira, 23. Os manifestantes bloquearam a GO-504, próximo ao acesso da BR-050. Eles denunciam que as duas companhias têm gerado impactos sociais, ambientais e financeiros para a região.  

O mais grave, segundo o grupo, é que as empresas tentam expandir as operações adquirindo as propriedades em seu entorno, oferecendo valores bem abaixo do praticado no mercado. Caso o dono não aceite, as mineradoras estariam entrando com ações na Justiça para obrigá-los a concordar com a negociação.

Dentre as reivindicações deles estão: a criação de um parâmetro de valor mínimo para a terra adquirida pelas Mineradoras para a expansão dos empreendimentos com aprovação do Judiciário, poder público e pela sociedade em audiência pública; negociação individual das benfeitorias, considerando as perdas de sua origem e história; inclusão no plano de expansão a aquisição ou indenização das propriedades rurais que ficam no entorno dos empreendimentos das mineradoras.

Procuradas pelo Jornal Opção, a Mosaic respondeu que há apenas uma aquisição de terreno na Justiça. Esse caso seria entre a companhia e uma família, pois não houve consenso. A companhia informou que está mantendo aberto o “diálogo e à negociação e segue envidando esforços para uma solução amigável”. A Cmoc do Brasil não se manifestou até o fechamento desta matéria.

Nota da Mosaic na integram

A Mosaic Fertilizantes informa que respeita o direito constitucional à livre manifestação de cada cidadão e que não irá comentar os movimentos em andamento.

A Mosaic Fertilizantes informa que ao longo dos últimos anos realizou mais de uma dezena de negociações amigáveis para acesso a propriedades próximas de sua operação no município de Catalão. O processo de negociação segue a legislação vigente e critérios técnicos e sociais.

Existe apenas uma aquisição judicializada, pois a companhia e a família ainda não chegaram a um consenso, mas a Mosaic Fertilizantes permanece aberta ao diálogo e à negociação e segue envidando esforços para uma solução amigável.

Por fim, a empresa esclarece que a aquisição de terras está relacionada à manutenção das suas operações e que sempre busca consenso por meio do diálogo e da resolução amigável com todos os envolvidos.