Mesmo com troca de OSs, médicos do Hmap seguem sem salários
06 julho 2022 às 15h02
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Prefeitura de Aparecida de Goiânia informou que todos os recursos foram repassados ao IBGH; o Albert Einstein informou que o assunto se refere a gestão anterior
Os médicos que prestam serviços no Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (Hmap) estão sem receber os salários desde o mês de abril. A unidade era gerida até 2 de junho pelo Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar (IBGH). Recentemente, o processo de trocas de Organização Social (OS) da unidade passou por turbulências. Para se ter ideia, até o contrato com a nova gestora, a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, foi assinado após o ex-prefeito Gustavo Mendanha (Patriota), deixar o cargo.
Procurada pelo Jornal Opção, a Secretaria de Saúde de Aparecida (SMS) esclarece que o contrato com a antiga Organização Social (OS) vigorou até 31 de maio e que todos os repasses foram realizados pontualmente. Por sua vez, o IBGH teria empenhado os recursos para as empresas terceirizadas, entre elas a Carvalho Serviços Médicos (CSMed) e a HMB Gestão em Saúde, para repasse aos servidores. “Para os profissionais, é revoltante e desanimador essa atitude que demonstra a total desvalorização do trabalho e desrespeito a todo o empenho que tiveram durante a exaustivas jornadas no HMAP”, denuncia um médico.
A SMS complementa que “fez o repasse para quitação dos passivos trabalhistas e aguarda a prestação de contas por parte do IBGH”. Procurada pela reportagem, a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein destacou que as denúncias são referentes gestão anterior.
Não é de hoje que há atrasos no pagamento de salários para profissionais da unidade de saúde. Em outubro do ano passado, médicos denunciaram à imprensa que estavam a cerca de 3 meses sem serem remunerados. O IBGH não se manifestou sobre as denúncias. A gestão do IBGH foi marcada por inúmeras denúncias de corrupção, a mais recente é a acusação de desvio de quase R$ 6 milhões de recursos que seriam para o combate à pandemia da Covid. O processo está em tramitação no Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO).