Mesmo com atrasos, Cunha confirma início da votação para 14 horas de domingo
16 abril 2016 às 17h04
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Sessão que dá tempo aos partidos para discussão teve início na sexta-feira (15/4) e já dura mais de 30 horas
O presidente da Câmara do Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) reiterou na tarde deste sábado (16/4) que não existe “a menor possibilidade” de “qualquer adiamento” do processo de impeachment de Dilma Rousseff. “A sessão de votação começará no domingo às 14 horas, como estava previsto, e terminará no mesmo dia”, disse.
Desde a última sexta-feira (15/4), os deputados se revezam na tribuna da Câmara, utilizando o tempo dos partidos para discursar. Nesta primeira rodada de discussões, cada uma das 25 siglas tem o direito de se manifestar por uma hora. Nesta reta final ainda vão se manifestar PSL, PEN e PMB.
Na segunda parte das discussões, que deveria ter começado às 11 horas deste sábado, tem início os discursos individuais. Ao todo, 249 parlamentares se inscreveram para falar em plenário, cada um com direito a 3 minutos.
A fim de compensar o atraso nas sessões, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e algumas lideranças de partido negociam a aprovação de uma resolução que diminua o tempo dedicado às falas de parlamentares, lideranças e partidos. O objtivo é compensar o tempo a mais gasto nas falas das bancadas em plenário. Isso poderá ser definido pelas lideranças partidárias ou, em última hipótese, pelo próprio plenário.
“As reuniões entre lideranças têm buscado reduzir ao máximo a duração das sessões, inclusive sugerindo que deputados abram mão das inscrições de fala. Quase todos os líderes concordaram. Os que não concordaram é por que precisam consultar as bancadas”, disse o líder do DEM, Pauderney Avelino (AM).
Para o presidente da Casa Eduardo Cunha, mesmo que não se chegue a um acordo com os deputados inscritos existem meios para encerrar a discussão a tempo de iniciar a votação no horário previsto“Depois de entrar os [discursos] individuais [dos deputados], bastando ter quatro oradores poderemos encerrar a discussão com um simples requerimento. Então vai acabar. A gente vai dosando de acordo com a vontade. Muitos querem falar. Não há nenhuma dúvida de que acabará essa discussão”, acrescentou. (Com informações Agência Câmara Notícias)