Mesmo com altas expectativas, empresários não acreditam que fluxo de clientes chegará a 50% com a reabertura do comércio
30 março 2021 às 13h36

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Flexibilização iniciará a partir da próxima quarta-feira, 31, e ocorrerá com redução na carga horária de estabelecimentos comerciais

Com a manutenção do modelo de revezamento 14 por 14 e a reabertura das atividades econômicas na capital, que ocorrerão a partir da próxima quarta-feira, 31, comerciantes e lojistas mantém grandes expectativas quanto a melhora da situação financeira. Entretanto, não acreditam que movimentação de clientes será como o esperado.
Revezamento 14 por 14
Desde o último sábado, o prefeito da capital goiana, Rogério Cruz (Republicanos) definiu que Goiânia passará acompanhar as medidas estaduais de combate à Covid-19 na cidade. Com o novo documento, o funcionamento dos estabelecimentos comerciais ocorrerá com redução de carga horária.
De acordo com o texto, o comércio poderá se manter aberto das nove da manhã às cinco da tarde, os estabelecimentos de prestação de serviço, de meio dia às oito horas da noite, e bares e restaurantes de onze da manhã às onze horas da noite. Já os shoppings, galerias e cento comerciais poderão funcionar das dez horas da manhã às dez horas da noite. Os salões de beleza e barbearias abrirão de meio dia às nove horas da noite.
Para o presidente da Associação Empresarial da Região da 44, Chrystiano Cruvinel, apesar da redução da carga horária não ser o ideal, para que os empresários consigam se reestabelecer financeiramente, é como dá para ser feito no momento. Por isso, a expectativa entre os comerciantes está alta e os preparativos, que seguem os protocolos de biossegurança, estão a todo o vapor.
Reunião com a Prefeitura
Em conversa com o Jornal Opção, o empresário mencionou a reunião realizada com o chefe do Executivo goiano na última quinta-feira, 25, que contou com a presença de representantes da AER44, da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Goiás (Abrasel-GO), da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Goiânia, da Associação Comercial, Industrial e Serviços de Goiás (Acieg) e da Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio-GO).
“O problema desse modelo 14 por 14 é que a gente só pode trabalhar por metade do mês, mas o salário dos funcionários não pode ser cortado pela metade, nem podemos pagar só metade dos impostos. Mas ao conversarmos com o prefeito, entendemos que, nas atuais condições, é o que se consegue fazer”, opina Chrystiano.
Apesar de os estabelecimentos precisarem funcionar abarcando metade de sua capacidade de clientes, o presidente da AER44 não acredita que o fluxo de consumidores não chegará aos 50% permitidos. “Nem em novembro conseguimos atingir essa porcentagem, mas é como diz um amigo meu ‘cada pão é alimento’, então precisamos nos virar como dá agora, com o pensamento de que isso é passageiro. Com o avanço da vacinação, sabemos que logo conseguiremos retornar com o comércio em sua totalidade, de forma mais segura”, completa.