Petista disse que gravações de uma conversa dele com Delcídio foram deturpadas e garante que fica no Ministério da Educação

O ministro da Educação e ex-chefe da Casa Civil, Aloízio Mercadante (PT), concedeu entrevista coletiva, na tarde desta terça-feira (15/3), para falar sobre a gravação de uma conversa dele com o senador Delcídio Amaral, divulgada pela revista Veja. Nos áudios, o auxiliar promete dinheiro e ajuda para que o senador preso na Operação Lava Jato deixasse a prisão e não perdesse o mandato.

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Durante entrevista, Mercadante se defendeu das acusações, alegando que não fez nenhuma proposta de ajuda financeira. Segundo ele, tudo não passou de um “gesto de solidariedade pessoal com Delcídio”.

O petista também eximiu a presidente Dilma Rousseff (PT) de qualquer influência no episódio e disse que permanece à frente do Ministério da Educação. “Enquanto tiver confiança da presidente Dilma, ficarei no governo”, afirmou.

Conforme gravações entregues à Procuradoria-Geral da República pelo próprio Delcídio, Mercadante teria oferecido ajuda financeira à família do senador e prometido usar a influência política do governo junto ao Senado e até ao Supremo Tribunal Federal (STF) para evitar a cassação do senador e sua prisão.

Mercadante negou qualquer intervenção e disse que os áudios disponibilizados foram deturpados. “Jamais falei com qualquer ministro do STF sobre esse ou qualquer outro assunto. Jamais tentei interferir em qualquer iniciativa de Delcídio em delatar ou não”, garante.