Adolescente de 14 anos deve ficar pelo menos mais 30 dias internada no Crer. Médicos ainda não sabem a gravidade da lesão

Dr. Válmey Luís da Rocha, médico ortopedista e diretor geral do Crer | Foto: Larissa Quixabeira / Jornal Opção

Isadora de Morais Santos, de 14 anos, deve ficar pelo menos mais 30 dias internada no Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer), em Goiânia, para início do tratamento de reabilitação. A informação foi repassada pelo médico Válney Luís da Rocha, ortopedista e diretor geral do Crer, em coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira (13/11).

Esse é o tempo médio que o paciente do Crer fica internado para o início do processo de habilitação intensivo, mas os médicos ainda não tem um prognóstico definido do caso de Isadora e nem qual poderá ser o nível de reabilitação dela. A adolescente ficou paraplégica após ser atingida por disparos de arma de fogo efetuados por um colega de sala, no Colégio Goyases, no última dia 20 de outubro. 

Segundo o médico, exames mais detalhados serão feitos nos próximos dias.  “Poderíamos ter um diagnóstico mais preciso, mas como ela ainda está com o projétil alojado na medula, é impossível fazer uma ressonância magnética, por exemplo. Estamos nos baseando mais nas condições clínicas. Com o tempo dela aqui no Crer teremos a chance de fazer novos exames para saber qual o nível da lesão.”

Isadora chegou ao hospital na última quinta-feira (9/11) com um quadro de infecção urinária por ter ficado muitos dias com uma sonda enquanto ainda estava na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). O quadro dela agora é estável e a infecção está sendo controlada com uso de antibióticos. Ela segue sem sensibilidade ou controle do corpo da região do umbigo para baixo.

Em média, o paciente chega ao Crer fica internado por cerca de 40 dias para o início da reabilitação intensiva. Depois que recebe alta, continua com o tratamento ambulatorial por pelo menos mais seis meses, com fisioterapia, terapia ocupacional e outras atividades com equipe multiprofissional de assistência, inclusive psicológica para a paciente e família.

“Depois que tivermos um diagnóstico de qual a real situação da lesão, construímos um projeto terapêutico que é analisado e adaptado ao longo do tratamento, para que ela possa evoluir ao máximo e que ela se torne o mais independente possível”, explicou o ortopedista.