Meirelles diz que 2023 será ano de desrespeito a teto de gastos e defende reformas
13 outubro 2022 às 17h26
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Em declarações no Twitter na tarde de hoje, 13, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles diz que as despesas já contratadas para o exercício de 2023 tornam o cumprimento do teto de gastos – regra fiscal que limita o crescimento de despesas públicas à inflação do ano anterior – se tornam tarefa inviável para qualquer um dos candidatos que assumir a Presidência da República.
Ele afirma ainda que para que o país possa retornar ao rigor da regra fiscal no ano seguinte e manter credibilidade junto a agentes econômicos é preciso que gastos sejam contidos e que sejam feitas reformas.
“Com um rombo orçamentário de, no mínimo, R$ 63 bilhões – resultado das promessas de manutenção do Auxílio Brasil de 600 e do pagamento de 13º às beneficiárias do programa – será necessário criar uma excepcionalidade fiscal em 2023 para fechar as contas”, escreveu.
A série de tweetes resume entrevista à Infomoney e que pode ser conferida no YouTube. No vídeo, o ex-ministro fala ainda sobre a necessidade de enxugar o Estado e fazer reformas. Sobre a dificuldade de aprovação no Congresso, é categórico: “Quando propus o teto de gastos, todos me diziam que não seria aprovado. Como o Congresso vai aprovar algo que limita sua capacidade de gastar à vontade? E foi. Quando eu apresentei a reforma da previdência, foi a mesma coisa”, disse. A segunda foi aprovada já na gestão de Bolsonaro.