Megaoperação desmantela rede de fraudes em combustíveis com elo com o PCC na Bahia
16 outubro 2025 às 17h26

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Uma das maiores investigações já realizadas no setor de combustíveis na Bahia culminou nesta quinta-feira, 16, na deflagração da Operação Primus, conduzida pela Polícia Civil do estado. O alvo é um sofisticado esquema de adulteração e comercialização irregular de combustíveis, com ramificações em pelo menos 200 postos e suspeitas de ligação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
A ofensiva policial mobilizou mais de 170 agentes e cumpriu mandados judiciais na Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo. Sete pessoas foram presas, incluindo o principal articulador do esquema, capturado em um hotel na cidade de Lençóis, na Chapada Diamantina. Durante a operação, foram apreendidos veículos de luxo, armas de fogo e equipamentos usados para adulterar combustíveis.
Segundo o delegado-geral adjunto Jorge Figueiredo, a operação representa um marco no combate à lavagem de dinheiro no setor. “Identificamos uma rede empresarial com atuação interestadual, envolvida em práticas ilícitas e com indícios de conexão com o PCC”, afirmou Figueiredo em entrevista ao jornal O Globo.
A Operação Primus foi coordenada pelo Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro, com apoio da Secretaria da Fazenda da Bahia e da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). As autoridades destacam a “expressiva dimensão financeira” das atividades criminosas e o impacto da operação na repressão ao crime organizado.
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