James Hamblin, médico especializado em medicina preventiva e pesquisador da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, tomou uma decisão inusitada: parar de tomar banho. Com 40 anos, Hamblin não buscava apenas desafiar normas sociais, mas investigar os efeitos da higiene mínima na pele e no bem-estar geral.

Hamblin explicou que seu objetivo era permitir que o corpo alcançasse um equilíbrio natural com os óleos e micróbios presentes na pele. Para isso, ele reduziu sua rotina de limpeza ao uso exclusivo de sabão para as mãos. “Eu me sinto perfeitamente bem. Você se acostuma. Eu me sinto normal”, afirmou o médico, destacando que o corpo ajustou sua produção de óleo e manteve um ambiente microbiano mais estável e saudável ao minimizar o uso de produtos agressivos.

Em seu livro “Clean: The New Science of Skin and the Beauty of Doing Less”, publicado em 2020, Hamblin detalhou os primeiros cinco anos de sua experiência. Ele observou que, ao evitar sabonetes fortes, sua pele parou de ficar oleosa, alcançando um equilíbrio natural. Segundo Hamblin, esse estado é alcançado ao permitir que o microbioma cutâneo se desenvolva sem interrupções químicas.

Descobertas de Hamblin

  1. Equilíbrio Natural da Pele: Ao evitar sabonetes agressivos, a pele de Hamblin parou de ficar oleosa, alcançando um equilíbrio natural.
  2. Ambiente Microbiano Estável: Minimizando o uso de produtos agressivos, ele observou que seu corpo ajustou a produção de óleo e manteve um ambiente microbiano mais saudável.
  3. Odor Corporal e Microbioma: O odor corporal, segundo Hamblin, não é um indicador de sujeira, mas de desequilíbrio microbiano. Alterar o equilíbrio natural dos micróbios com produtos de higiene pode favorecer os micróbios que geram odores desagradáveis.
  4. Adaptação Gradual: A transição para a higiene mínima foi gradual, permitindo que o corpo se adaptasse sem causar desconforto significativo.
  5. Importância dos Micróbios da Pele: Ele comparou a importância dos micróbios da pele à microbiota intestinal, destacando que ambos são essenciais para a saúde geral.
  6. Opção de Higiene Alternativa: Hamblin oferece sua prática como uma alternativa para aqueles que desejam explorar diferentes abordagens à higiene, sugerindo banhos mais curtos e menos frequentes como um bom ponto de partida.

Hamblin argumenta que o odor corporal não é necessariamente um indicador de sujeira, mas sim de desequilíbrio microbiano. Ele explicou que o odor é produzido por bactérias que se alimentam das secreções oleosas do suor e das glândulas sebáceas. Ao aplicar produtos de higiene, alteramos o equilíbrio natural desses micróbios, favorecendo aqueles que geram odores desagradáveis.

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