A médica Cláudia Soares Ferreira, que foi presa em Itumbiara por sequestrar um recém-nascida no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia, em Minas Gerais, foi indiciada por falsidade ideológica e tráfico de pessoas. As investigações foram conduzidas em conjunto entre a Polícia Civil mineira e goiana.

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O inquérito foi finalizado na última sexta-feira, 3, mas divulgado apenas nesta terça-feira, 6. As investigações apontaram que o sequestro do bebê foi planejado durante meses e que antes de concretizar o plano, Cláudia divulgou uma falsa gravidez para os familiares, chegando a comprar um enxoval para bebês.

A médica ainda procurou, em outros estados da federação, crianças aptas a serem adotadas ilegalmente por ela, utilizando, nessa última conduta, de fraude e aliciando pessoas vulneráveis para entregarem seus recém-nascidos. 

Ainda de acordo com a PC, Cláudia havia conquistado o direito de habitação em cadastro nacional de adoção, cujo processo judicial indicou aptidão psicológica favorável a ela, se baseando em documentação fornecida pela médica durante o feito. 

Sequestro 

A criança recém-nascida foi sequestrada no dia 23 de julho, momentos de nascer no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia, em Minas Gerais. A profissional de saúde foi presa horas depois em Itumbiara.

Conforme a PC, Cláudia usou um nome falso para entrar no hospital. Além disso, ela se aproveitou da condição de professora universitária da instituição, o que facilitou a entrada dela no local sem levantar suspeitas dos servidores. A mulher se encontra detida preventivamente.

O Jornal Opção entrou em contato com a defesa da médica e aguarda retorno.